Fatores de vulnerabilidade relacionados ao conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis em população periférica da Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Ingrid Saraiva de lattes
Orientador(a): GONÇALVES, Lucia Hisako Takase lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15355
Resumo: As Infecções Sexualmente Transmissíveis são um problema de saúde pública mundial e estão amplamente distribuídas em diferentes populações da Amazônia Brasileira. O estado do Pará tem a segunda maior taxa de mortalidade por Aids do Brasil e um aumento crescente na incidência das infecções sexualmente transmissíveis notificáveis, sendo as pessoas com baixa escolaridade as mais acometidas. Esse contexto epidemiológico ocorre em uma capital que tem baixa cobertura de equipes de estratégia de saúde da família em territórios que carecem de infraestruturas básicas e com iniquidades sociais marcantes. Desta forma, as desigualdades sociais e de acesso a serviços de saúde pode provocar desigualdades na saúde das populações tanto no nível individual e da comunidade. Considerando esse contexto e a ausência de estudos este estudo teve como objetivo analisar os fatores de vulnerabilidade ao conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis em uma população periférica da Amazônia brasileira. Trata-se de um estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, realizado em áreas do Bairro Montese. Participaram do estudo 300 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos. A coleta ocorreu entre outubro e dezembro de 2019, através de aplicação de questionários nos domicílios dos participantes. Foram utilizados os Questionário americano Sexually Transmitted Disease Knowledge Questionnaire e o questionário sociodemográfico acrescido de questões relativas aos fatores de vulnerabilidade. A análise dos dados foi realizada por métodos de estatística descritiva, teste do qui-quadrado e regressão logística ordinal, nos programa Bioestat 5.3 e Minitab 18®. A média de idade dos participantes foi de 46,09 anos. Houve uma maior frequência do sexo feminino (68,4%), católico (49,1%), com filhos (82,2%), ensino médio (50,9%), cor parda (65%), casado/união estável (51,6%), reside com cônjuge (47,5%), não trabalhando (56,9%), classificação econômica C critério Brasil (51,6%), renda inferior a um salário mínimo (42,5%). Houve associação significativa entre o baixo conhecimento e a escolaridade analfabeto/fundamental, renda igual ou inferior a um salário, critério Brasil de classificação econômica C, D e E, estado conjugal solteiro, falta de orientação por professional de saúde e não receber gel lubrificante. As faixas etárias de 28 a 37 anos e 38 a 47 anos foram associadas ao alto nível de conhecimento Conclusão: As dimensões social e programática da vulnerabilidade foram relacionados ao baixo conhecimento, sendo necessário que as ações das políticas públicas sociais e de saúde provoquem mudanças através de intervenções em nível comunitário.