Caracterização petrográfica, mineralógica e litoquímica das rochas vulcânicas do Gráben Jaibaras-CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Rosemery da Silva lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0001-8934-8502
Orientador(a): GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15275
Resumo: A área estudada situa-se na região noroeste do Ceará, no domínio da Província Borborema e compreende dois setores ao longo do Gráben Jaibaras. O estudo deteve-se na Suíte Parapuí que compreende uma sucessão de rochas vulcânicas relacionadas ao Neoproterozóico. Na suíte foram identificados três grupos principais de rochas, incluindo basaltos alcalinos (andesina-basaltos, ilmenita-basaltos e traquibasaltos), riolitos e rochas vulcanoclásticas que ocorrem intercaladas à arenitos arcosianos do Grupo Jaibaras. Os basaltos alcalinos, tipos mais abundantes na suíte, ocorrem em sucessões de extensos derrames de lavas maciças e amigdaloidais, compreendendo variações holocristalinas ou hipovítreas com texturas porfiríticas, seriadas ou afíricas. Feições indicativas de resfriamento muito rápido com cristais aciculares, tipo rabo de andorinha, esqueletais e de reabsorção, mergulhados em vidro, demarcam interfaces entre os vários níveis de derrames. Os minerais principais compreendem a labradorita com variações para andesina, titanoaugita e subordinadamente álcali-feldspato, olivina, ilmenita, pirita, titanita e apatita. Os minerais presentes nas amigdalas são carbonatos, zeolitas, quartzo, epidoto, clorita e prehnita. Quimicamente os basaltos caracterizam-se por apresentar altos teores de álcalis, TiO2 e P2O5, e elementos terras raras com padrão inclinado, mostrando enriquecimento em ETR leves, pequena anomalia negativa de európio e razão (La/Lu)N moderada e alta. Nos diagramas classificatórios situam-se no campo dos basaltos alcalinos e/ou na interfase entre basaltos toleíticos e alcalinos. Nos aranhogramas dos elementos traços e terras raras as várias amostras analisadas apresentam assinatura geoquímica similar, apesar das transformações em baixo grau metamórfico existentes nessas rochas, o que revela uma homogeneidade composicional desse magmatismo. Interpretações de paleoambiência tectônica sugerem corresponder a um magmatismo intraplaca continental. Os riolitos representam derrames pouco expressivos e raros na suíte constituindo rochas porfiríticas em que destacam fenocristais de quartzo bipiramidais, corroídos, mergulhados em matriz microcristalina felsítica, esferulítica e com estruturas fluidais. Quimicamente são ricos em SiO2 e álcalis, apresentando baixas razões Na2O/K2O. O comportamento dos elementos menores e traços nos aranhogramas destacam que as assinaturas geoquímicas destas rochas contrastam com os basaltos. A Suíte Parapuí foi estabelecida através de um intenso vulcanismo durante a tectônica extensional de instalação da Bacia de Jaibaras no estágio rifte. Representa um magnetismo alcalino intracontinental com contribuição bimodal fundamentalmente de natureza basáltica e riolítica alcalina, em ambiente subaéreo com efusões e explosões.