Geologia, petrografia e geoquímica das rochas vulcânicas da área Sul de São Félix do Xingu (PA), Província Carajás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: FERREIRA, Ana Tayla Rodrigues lattes
Orientador(a): LAMARÃO, Claudio Nery lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11511
Resumo: As rochas vulcânicas da área sul de São Félix do Xingu, centro-sul do Estado do Pará, estão inseridas no contexto geológico da Província Geocronológica Amazônia Central, sudeste do Cráton Amazônico. Estas rochas são dominantemente relacionadas à Formação Sobreiro, e muito subordinadamente à Formação Santa Rosa, ambas pertencentes ao Paleoproterozóico Grupo Uatumã. A Formação Sobreiro é encontrada em áreas de relevo arrasado levemente colinoso de cotas inferiores a 300m. Na área em questão, as poucas ocorrências da Formação Santa Rosa também não ultrapassam altitudes de 300m. Três fácies distintas da Formação Sobreiro foram identificadas: 1-Fácies de fluxo de lavas subaérea de composição subalcalina, constitui a fácies dominante da área estudada; 2-Fácies de fluxo de lavas subaérea de composição cálcio-alcalina a shoshonítica; 3-Fácies vulcanoclástica subaérea. Todas as ocorrências da Formação Santa Rosa foram enquadradas em uma única fácies denominada, fácies de fluxo de lavas subaérea. As rochas vulcânicas da Formação Sobreiro são individualizadas em um amplo espectro de litotipos petrográficos: 1-plagioclásio-anfibólio andesito basáltico microporfirítico; 2-plagioclásio-clinopiroxênio-anfibólio andesito microporfirítico a porfirítico e 3-plagioclásio-anfibólio andesito microporfirítico; 4-feldspato potássico-plagioclásio-clinopiroxênio traquiandesito porfirítico, 5-feldspato potássicoplagioclásio-anfibólio traquiandesito microporfirítico a porfirítico, 6-plagioclásio-anfibólio traquiandesito microporfirítico, 7-anfibólio-feldspato potássico-plagioclásio traquiandesito porfirítico, 8-plagioclásio-feldspato potássico-anfibólio traquiandesito microporfirítico a porfirítico, 9-anfibólio-feldspato potássico-palgioclásio traquito porfirítico e 10-plagioclásiofeldspato potássico traquito porfirítico (Fácies 1); 11-plagioclásio-anfibólio-clinopiroxênio traquiandesito cálcio-alcalino a shoshonítico porfirítico, 12-anfibólio-feldspato potássicoplagioclásio traquiandesito cálcio-alcalino a shoshonítico microporfirítico a porfirítico, 13-feldspato potássico-plagioclásio-anfibólio traquiandesito cálcio-alcalino a shoshonítico porfirítico e 14-anfibólio-feldspato potássico-plagioclásio traquito cálcio-alcalino a shoshonítico (Fácies 2); 15-tufos de cristais félsicos, 16-lapili-tufos de cristais máficos e, 17-brechas polimíticas (Fácies 3). Os litotipos da Formação Santa Rosa variam de plagioclásiofeldspato potássico-quartzo riolitos a feldspato potássico-quartzo riolitos. Os dados geoquímicos dessas rochas mostram que a Formação Sobreiro variam com conteúdos de SiO2 entre 52,14 e 69,21% e razões K2O/Na2O entre 0,16 e 1,62. Enquanto os vulcanitos da Formação São Rosa formam uma série evoluída com teores de SiO2 entre 72,27 e 77,14% e razões K2O/Na2O entre 1,50 e 2,12. A Formação Sobreiro tem caráter essencialmente cálcio-alcalino discretamente transicional cálcio-alcalino a shoshonítico, tem composição metaluminosa a fracamente peraluminosa e assinatura tectônica de ambiente de arco vulcânico. A Formação Santa Rosa tem composição peraluminosa a fracamente metaluminosa e assinatura tipo A, com afinidade tectônica intraplaca. Estudos comparativos das rochas vulcânicas da área sul, margem leste da segunda grande volta do Rio Xingu, com as rochas vulcânicas da área oeste/sudoeste, margem oeste, mostram perfeitas correlações das Formações Sobreiro e Santa Rosa em ambas as áreas e indicam continuidade lateral dessas unidades.