O poeta é sempre rapsodo: a presença da música na obra de Mário de Andrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FREITAS, Danilo Mercês lattes
Orientador(a): GUIMARÃES, Mayara Ribeiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8152
Resumo: A literatura, em Mário de Andrade, caminha de mãos dadas com a música pelo fato de que o autor privilegia as suas escolhas sonoras e também utiliza a estrutura de gêneros musicais como forma de criação poética. Além disso, é preciso considerar a revisão constante que o escritor faz na sua obra, principalmente na sistematização do movimento modernista e compreensão da identidade do povo brasileiro. Dessa forma, este trabalho busca compreender como a música influencia a escrita de Mário em três de suas obras: Pauliceia desvairada (1922), Clã do jabuti (1927) e Lira paulistana (1945). As escolhas musicais vão variar consideravelmente nestas obras, pois, na primeira, o autor está interessado em proclamar e divulgar o movimento modernista, e a arte dos sons surge aí para consolidar as novas fontes, assim como para libertar o artista dos padrões formais; na segunda obra selecionada, o autor se debruça nas canções e ritmos comuns ao popular para legitimá-los no espaço do erudito, dessa forma contribuindo para a definição da identidade e cultura brasileira; em Lira paulistana o autor paulista se apropria das cantigas medievais portuguesas e as transforma para poder cantar a cidade e o homem paulista da primeira metade do século XX. Espera-se que esse estudo contribua para o arcabouço teórico do escritor modernista no sentido de que a compreensão do artifício musical na escrita poética de Mário de Andrade pode promover um entendimento mais profundo da sua obra. A metodologia utilizada pautou-se em trabalhar de forma bem próxima ao texto poético e crítico de Mário de Andrade, encontrando nele próprio instrumentos teórico-críticos de análise. Privilegiaram-se os estudos de PIVA (1990), CORREIA (2010), SOUZA (2006), além de obras ensaísticas e a correspondência do próprio escritor modernista com outros autores do período.