Memórias tecidas de cor: o retrato pintado de Mateus Machado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: MACHADO, Simone Alves de Melo lattes
Orientador(a): MANESCHY, Orlando Franco lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes
Departamento: Instituto de Ciências da Arte
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7847
Resumo: Mateus Machado é um dos poucos fotopintores ainda em atividade de uma legião que a bem pouco tempo atrás se dedicava à colorização manual de retratos e a manufatura do retrato pintado fotográfico. Há cerca de vinte anos atrás, antes do efetivo domínio da tecnologia digital se estender à imagem, editar, manipular, modificar ou mesmo colorizar uma fotografia era um trabalho manual feito por hábeis fotopintores. Esta pesquisa objetivou apresentar um pouco deste mundo prestes a desaparecer diante do inexorável domínio da digitalização da imagem. Através de seus relatos, tecer seu retrato e a partir dele desvendar a rotina, o processo de criação e as técnicas de fotopintura, que herdou e reinventou ao longo de meio século dedicado a este trabalho. Através dele, também focar o percurso do pequeno profissional dos bairros periféricos de Belém. Inseridos na categoria de fotografia popular, sua atuação visava essencialmente o registro social e a produção de retratos, tentando abranger as suas mais variadas técnicas de produção, o que fez com que aqueles que tivessem alguma habilidade manual se tornassem fotopintores. Muitos como Mateus, desenvolveram especificidades que foram além do mero retoque e da simples colorização, indo até a reconstituição total da imagem, associando esse procedimento a uma espécie de restauração, como efetivamente o retrato pintado foi comercializado e ficou conhecido. As fontes de pesquisa foram seus relatos, jornais, retratos pintados de sua autoria e de artistas anônimos, além do registro fotográfico de suas atividades. A presente investigação espera dessa forma ter contribuído para contar um pequeno, mas não menos importante capítulo da historiografia imagética paraense.