Autismo e pandemia do Covid-19: repercussões acerca do isolamento social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Filgueira, Leila Maria de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/127383
Resumo: O autismo se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, além de uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. No atual cenário da pandemia do Covid-19 que assola o mundo, na qual mudança de rotinas, necessidade de assimilação de novos hábitos de biossegurança, principalmente o isolamento e distanciamento social, favoráveis a contextos de desenvolvimento de ansiedade, estresse e angústia, pessoas com necessidades de atenção demandam atenção especial, entre elas os autistas. Diante desse contexto nos questionamos sobre as repercussões do isolamento social como medida de contenção da pandemia do Covid-19 para as pessoas autistas e para os que circundam o seu universo. Desse modo esse estudo objetivou compreender os efeitos do isolamento social motivado pela pandemia do Covid-19 em pessoas autistas, mães de autistas e profissionais de saúde que atendem esse público via teleatendimento e tendo como objetivos específicos: analisar as percepções de autistas adultos e adolescentes, mães de crianças autistas e profissionais de saúde sobre o fenômeno da pandemia do COVID-19 e seus efeitos sobre suas experiências vividas; identificar as dificuldades apontadas pelos mesmos durante esse período; caracterizar as redes de apoio disponíveis para autistas adolescentes e adultos no contexto de isolamento social, bem como para mães de crianças autistas e identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos mesmos. Foi utilizada metodologia de natureza qualitativa realizada com mães de crianças autistas, profissionais de saúde que atendem autistas por modelo remoto e ainda com pessoas autistas adolescentes e adultos. A coleta de dados foi realizada através de questionário, aplicado pela ferramenta do Google Formulários, envolvendo questões pertinentes ao tema e entrevista semiestruturada, viabilizada por meios digitais diante da impossibilidade de contatos presenciais. Os dados foram analisados segundo a análise temática de conteúdo de Bardin com suporte teórico no paradigma da Neurodiversidade. Os resultados foram três artigos que abordaram:1. Percepção de mães de crianças autistas sobre o isolamento social motivado pela pandemia do covid 19; 2. Percepção dos profissionais de saúde e mães de crianças autistas acerca dos teleatendimentos realizados com essas crianças durante a pandemia do covid -19 e 3. Autismo, pandemia e isolamento social: com a palavra, os próprios autistas. Foi concluído que as pessoas autistas, seus familiares e profissionais de saúde que atendem autistas via teleatendimento, estão vivenciando o isolamento social imersos em contexto de amplo desgaste emocional. Percebemos que no ambiente familiar onde predominam condutas e vivências capacitistas, pautadas pela repressão de características e movimentos autorregulatórios, houve a tendência de as pessoas autistas desenvolverem maior dificuldade em diversos aspectos de sua vida no contexto da pandemia. Por outro lado, autistas que encontraram em seu núcleo familiar acolhimento e receptividade, conseguiram desenvolver melhor estratégias de enfrentamento. Palavras-chave: Autismo; Covid-19; Neurodiversidade; estratégias de enfrentamento.