Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rafael Menezes da |
Orientador(a): |
Becker, Natalia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33636
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Resumo: |
Com o início da Pandemia de COVID-19, medidas de isolamento social para conter a transmissão do vírus foram adotadas globalmente trazendo mudanças significativas na rotina das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Estima-se que no Brasil mais de 115 mil crianças pré-escolares apresentem esta condição, que já tem uma prevalência global de 1% da população. O acesso precoce ao diagnóstico e tratamento é crucial para minimizar os déficits nas habilidades da criança com autismo e com a interrupção dos serviços de educação e de saúde houve aumento de sintomas psiquiátricos, irritabilidade, ansiedade, agressividade, estresse, alteração do sono e piora dos problemas de comportamento. O objetivo deste estudo foi avaliar os impactos em indicadores de saúde física e mental de crianças e adolescentes com TEA no Brasil, percebidos por seus cuidadores durante os meses de novembro e dezembro de 2020. Foi realizado um estudo transversal, correlacional com uma amostra de conveniência de 141 pais/cuidadores de todas as regiões do Brasil com dados obtidos pela Red Espectro Autista Latinoamérica (REAL). A coleta dos dados foi realizada de forma virtual, no período de novembro a dezembro de 2020, através de questionário contendo 48 perguntas de caráter sociodemográfico, características do isolamento e características comportamentais das crianças e adolescentes. A maioria das crianças e adolescentes com TEA era sexo masculino 85,1%, frequentava a escola antes da pandemia (90,8%) e todos recebiam tratamento prévio. Verificou-se piora na atenção (64,5%), aumento do consumo alimentar (61%), aumento da irritabilidade (75,9%) e aumento de sintomas de ansiedade (71,7%). Uma menor adesão e menor intensidade do isolamento foi relacionado a piora na agressividade (p<0,01) e observou-se uma relação negativa entre o espaço residencial e a quantidade de ingestão alimentar e comportamento de andar pela casa sem nenhum propósito. Assim o estudo concluiu que a Pandemia de COVID-19 trouxe impactos negativos na saúde mental e física de crianças e adolescentes com TEA no Brasil, resultando em aumento de sintomas como irritabilidade, agressividade, ansiedade e depressão. As características sociodemográficas e o apoio dos cuidadores foram fatores importantes neste cenário. |