Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alencar, Eudoxia Sousa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/107108
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Resumo: |
Apesar de evidências de que o tamanho da porção de bebidas possa estar relacionada ao ganho excessivo de peso, não se tem estudos de base populacional no Brasil que permitiram estimar as tendências nas modificações do tamanho das porções consumidas no país. Utilizou-se dados do Inquérito Nacional de Alimentação (INA) do Brasil, uma sub amostra da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 para analisar o tamanho das porções de bebidas consumidas no Brasil. Incluiu-se nas análises somente indivíduos com dois dias de registro alimentar, acima de 20 anos de idade e que não estivessem grávidas ou amamentando (n = 24.527 indivíduos). Os registros incluíram descrição detalhada dos alimentos e quantidade consumida, tipo de preparação, horário e local de consumo. Todas as bebidas citadas nos registros foram agrupadas em seis grupos: refrigerante, suco, refresco, bebida alcoólica, leite e café/chá. Foi estimada a porção média por ocasião de consumo para cada grupo de bebida. Associação entre o tamanho da porção de cada grupo de bebida (variável dependente) e as variáveis idade, sexo, renda e estado nutricional (variáveis independentes) foram testadas por meio de modelos de regressão linear. Testou-se associação entre tamanho da porção e excesso de peso por meio de modelos de regressão logística para cada grupo de alimento. As bebidas com maior frequência de consumo no Brasil foram café e chá, seguido dos sucos de frutas, refrigerantes e leite, enquanto os grupos que apresentaram menor frequência de consumo foram refresco e bebida alcoólica. O grupo de bebida alcóolica foi o que apresentou maior média no tamanho da porção consumida por ocasião de consumo, seguido dos refrigerantes, sucos, refrescos e leite. A média do tamanho da porção apresentou uma associação diretamente proporcional à renda nos grupos de refrigerante e suco. Os homens reportaram porções de consumo superiores às mulheres em todos os grupos de bebidas. O tamanho da porção decresceu com o aumento da idade para a maioria dos grupos, com exceção das bebidas alcoólicas em mulheres e do café/chá em ambos sexos. O tamanho da porção mostrou associação positiva com excesso de peso no grupo dos refrigerantes e bebidas alcoólicas, independentemente da idade, sexo, renda e ingestão total de energia. O presente estudo contribuiu com o preenchimento da lacuna sobre o conhecimento acerca do tamanho das porções de bebidas consumidas no Brasil, reforçando a necessidade sobre os esforços de saúde pública para conter a epidemia da obesidade, sugerindo um novo olhar sobre fatores de risco comportamentais que podem estar envolvidos no ganho excessivo de peso, como o consumo de grandes porções de bebidas ricas em energia e de baixa densidade de nutrientes. |