Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vidal, Deborah Falcão Coelho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/591409
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Resumo: |
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à COVID-19 apresentou impactos diferenciados entre gestantes e não gestantes, sendo essencial compreender os fatores clínicos e sociodemográficos que influenciaram os desfechos dessa população. Objetivo: Analisar os desfechos clínicos de mulheres grávidas e não grávidas acometidas por SRAG no Estado do Ceará durante a pandemia de COVID-19, avaliando fatores de risco, internações, mortalidade e cobertura vacinal. Métodos: Estudo observacional retrospectivo baseado em dados secundários provenientes de notificações de SRAG registradas no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) entre 2020 e 2022. Foram incluídas mulheres de 10 a 59 anos notificadas com SRAG no período. As variáveis analisadas incluíram características sociodemográficas, comorbidades, necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI), suporte ventilatório e mortalidade. A análise estatística envolveu testes de associação e regressão logística para avaliar os fatores preditores de desfechos desfavoráveis. Resultados: Foram analisados 13.721 casos de SRAG em mulheres, sendo 15,8% gestantes e 84,2% não gestantes. A maioria das mulheres afetadas tinha entre 30 e 49 anos, era de cor parda e possuía ensino médio. As comorbidades mais frequentes foram obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. A mortalidade foi menor entre gestantes (4,5% para COVID-19 e 0,8% para SRAG não especificada) em comparação às não gestantes (20,3%). No entanto, as gestantes apresentaram maior necessidade de internação em UTI (79,6% vs. 62,3%), indicando a necessidade de cuidados mais intensivos. A obesidade e o diabetes foram fatores associados a maior mortalidade, especialmente entre não gestantes (38,6% e 32,6%, respectivamente). A vacinação contra COVID-19 demonstrou um efeito protetor significativo, com mortalidade de 0% entre gestantes vacinadas, enquanto entre as não vacinadas foi de 4,5%. A cobertura vacinal foi inferior entre gestantes (38,3%) em comparação às não gestantes (44,5%). Conclusão: Os achados reforçam a necessidade de estratégias direcionadas para ampliar a cobertura vacinal e reduzir as desigualdades no acesso aos serviços de saúde, especialmente em populações vulneráveis. Além disso, a subnotificação de dados e lacunas nos registros epidemiológicos são desafios que comprometem a análise precisa dos impactos da COVID-19 na saúde materna. Palavras-chave: COVID-19; Síndrome Respiratória Aguda Grave; gestantes; saúde materna; desfechos clínicos; vacinação; epidemiologia. |