Síndrome respiratória aguda grave por COVID-19 no Brasil: análise de casos de diabetes mellitus
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31255 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.697 |
Resumo: | O crescente aumento dos casos de hospitalização por síndrome respiratória aguda grave por COVID-19, sobretudo entre os portadores de diabetes mellitus, suscita a necessidade de estudos que avaliem o comportamento deste agravo, a fim de subsidiar o planejamento das ações de vigilância em saúde. Assim, este estudo teve por objetivo analisar a associação entre diabetes mellitus e severidade dos casos de síndrome respiratória aguda grave por COVID-19. Trata-se de um estudo longitudinal, realizado a partir dos dados notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe durante o ano 2020. Foram calculadas as taxas de prevalência e letalidade dos pacientes portadores de diabetes mellitus entre os casos hospitalizados por COVID-19 nas diferentes regiões do Brasil. Avaliou-se também a sobrevida desses pacientes, a partir da regressão de Cox. Em 2020, foram notificados 563.051 casos de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave devido a COVID-19, sendo 429.010 casos por COVID-19. Dentre esses casos notificados, 222.111 (51,8%) apresentaram informações sobre a variável relacionada à diabetes mellitus, sendo identificada a sua presença em 114.144 (51,4%) casos. A taxa de letalidade entre eles foi de 45,0%. As regiões Nordeste e Norte apresentaram maior proporção de pacientes com diabetes mellitus (56,5% e 54,3%, respectivamente) e maior taxa de letalidade (53,8% e 59,9%, respectivamente). Verificou-se menor sobrevida entre os residentes nas regiões Nordeste e Norte, com considerados não-brancos, que necessitaram de internação em Unidades de Terapia Intensiva, fizeram uso de Ventilação Mecânica Invasiva e apresentaram dispneia, desconforto respiratório e saturação de oxigênio inferior a 95%. Conclui-se que a diabetes mellitus apresentou elevada prevalência e letalidade, sobretudo nas regiões Nordeste e Norte, entre os pacientes não-brancos e com maior gravidade clínica, o que reforça a importância de ações direcionadas a essa população. Ressalta-se a importância de instrumentalizar os profissionais para o adequado desempenho das ações de vigilância epidemiológica, a fim de que forneçam dados que representem o real impacto da pandemia e subsidiem pesquisas futuras.Palavras-chave: Diabetes Mellitus. COVID-19. Síndrome Respiratória Aguda Grave. |