Saúde mental na voz do agente comunitário de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Paiva, Pamela Campêlo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/104645
Resumo: Existe um distanciamento entre o que está preconizado pelas políticas públicas e o que é realizado na prática, isto é, apesar das convergências entre os princípios da Reforma Psiquiátrica que norteiam as ações dos centros de atenção psicossocial (CAPS) e os princípios da Atenção Básica, esses modelos entram em conflito. O estudo objetiva analisar ações de saúde mental realizadas no âmbito da Atenção Básica, dando voz ao agente comunitário de saúde. Pesquisa qualitativa de base empírica, realizada na área de abrangência da Secretaria Regional (SER) IV do Município de Fortaleza, com agentes comunitários de saúde alocados nos Centros de Saúde da Família que foram matriciados. A coleta de dados foi realizada por meio da observação e da entrevista semiestruturada individual, acompanhada de registros de áudio, além de anotações em diário de campo. As análises das falas que emergiram das entrevistas são divididas em cinco eixos temáticos, que, por sua vez, funcionaram como orientadores dos sistemas classificatórios (categorias) durante o processamento de dados, conforme a proposta operativa da Análise de Conteúdo, expressa por Bardin. Foram considerados os aspectos éticos em todas as etapas da pesquisa, conforme a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional da Saúde - MS Brasil, e foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFOR com o Número de Parecer 957.595. Por meio da fala dos agentes comunitários de saúde, emergiram os eixos temáticos e categorias empíricas. Conforme se preconizou, são cinco os temas de análise, a saber: Concepção do trabalho realizado; Abordagem da comunidade perante as pessoas em sofrimento psíquico; Trajetória em busca do cuidado; Intervenções realizadas em saúde mental; e Descrição sobre o matriciamento. Na prática, observou-se que a proposta do matriciamento deparou com muitas barreiras para ser implementada. Portanto, faz-se necessário produzir arranjos organizacionais do sistema de saúde, buscando diminuir a fragmentação do processo de trabalho, valorizando o cuidado interdisciplinar e considerando os usuários nos seus contextos, família e comunidade, para que possa ser elaborado um projeto terapêutico adequado e contínuo. O ACS não pode ser excluído desse empoderamento e da educação que devem ser dirigidos aos profissionais de saúde, e hão de se tornar participantes. Ante o exposto, faz-se necessário criar estratégias de intervenção nas quais se insira o ACS como partícipe, não só da execução, mas também do estabelecimento de práticas aplicadas.