Problemas emocionais e comportamentais em crianças em idade escolar notificadas com sífilis congênita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Ana Patricia Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/590691
Resumo: Analisar problemas emocionais e comportamentais em crianças em idade escolar notificadas com sífilis congênita (SC) em 2015. Método: Trata-se de um estudo descritivo e transversal realizado em Fortaleza, Ceará, Brasil, em duas Coordenadorias Regionais de Saúde (CORES II e VI). A população do estudo incluiu crianças notificadas com SC residentes nessas regiões e nascidas em 2015, período marcado pela escassez de penicilina no Brasil. A coleta de dados ocorreu entre junho e dezembro de 2023. Foram aplicados o Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) às mães ou cuidadores e um questionário sociodemográfico para coletar informações sobre condições obstétricas e características das crianças ao nascimento. A análise foi realizada com o software SPSS (versão 26), utilizando tabelas de frequências absolutas e relativas, gráficos de prevalência e análises bivariadas com os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Foi adotado um intervalo de confiança de 95% e significância estatística de p<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (Parecer No 6.054.502, CAAE: 64731922.9.0000.5052). Resultados: Das 171 crianças notificadas com SC, 102 foram localizadas e convocadas pelos Agentes Comunitários de Saúde, das quais 75 compareceram para avaliação. Identificou-se uma prevalência de 56,0% de problemas emocionais e comportamentais. Foram encontradas associações estatisticamente significativas: Problemas emocionais: com quem a criança mora (p=0,047; f=0,375) e ter outros irmãos (p=0,033; f=0,262). Problemas de conduta: com quem a criança mora (p=0,024; f=0,352), condição de propriedade da moradia (p=0,005; f=0,384) e uso de drogas pela mãe (p=0,002; f=0,358). Hiperatividade: sexo da criança (p=0,002; f=0,400), com quem a criança mora (p=0,043; f=0,332), condição de propriedade da moradia (p=0,023; f=0,333) e uso de drogas pela mãe (p=0,003; f=0,359). Problemas de relacionamento com colegas: renda familiar (p=0,014; f=0,308). Conclusão: Os achados indicam a necessidade de atenção precoce e integrada às crianças com SC na atenção primária à saúde. É essencial oferecer suporte psicológico voltado aos problemas emocionais e comportamentais, contribuindo para o desenvolvimento saudável dessa população vulnerável. Estudos adicionais são recomendados para aprofundar a compreensão sobre os impactos emocionais e comportamentais em crianças com SC. Palavras-chaves: Sífilis congênita; desenvolvimento infantil; escolares.