Perfil epidemiológico da Sífilis Congênita no Estado do Tocantins, 2007 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Maria José Neres da
Orientador(a): Barreto, Florisneide Rodrigues
Banca de defesa: Silva, Carlos Alberto Lima da, Santos, Carlos Antonio de Souza Teles, Costa, Maria da Conceição Nascimento
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26050
Resumo: O objetivo desse estudo é descrever o perfil epidemiológico da sífilis congênita no estado do Tocantins, de 2007 a 2015. Trata-se de um estudo com um componente transversal e outro ecológico, realizado com dados secundários de notificação da sífilis congênita, coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC). Foram analisadas as incidências de sífilis congênita, além de descrever a tendência no período. Entre os anos de 2007 e 2015 foram notificados 1.029 casos de sífilis congênita no estado do Tocantins, correspondendo a uma incidência de 4,6/1000nv. Neste período, a sífilis congênita apresentou tendência crescente. Em 2007 a incidência foi de 3,1 por 1.000 nascidos vivos passando para 9,8 por 1.000 nascidos vivos em 2015, representando aumento de 216,1%. A maioria das mães cujos recém-nascidos teve sífilis congênita tinha 20 anos ou mais de idade, até 12 anos de estudo e raça/cor da pele parda. A maioria das gestantes iniciou o pré-natal no 3º trimestre. Entre as gestantes que tiveram diagnóstico para sífilis e realizaram o tratamento observou-se que grande parte destes tratamentos foram considerados inadequados. A maioria dos parceiros não foi tratado, enquanto que 83,5% dos recém-nascidos com diagnóstico de sífilis congênita recebeu tratamento. Os dados expostos reforçam a importância do pré-natal na redução da sífilis congênita. Com efeito, este trabalho possibilitou identificar pontos críticos na ocorrência desta doença e aponta a necessidade de futuros estudos para análise do impacto das ações em saúde relacionadas a sífilis no Tocantins.