Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Virna Sancho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100053
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Resumo: |
Esta dissertação teve como objetivo analisar os fatores que influenciam na inserção e permanência do trabalhador por conta própria na informalidade, mais especificamente, na feira de roupa da Rua José Avelino, por meio do discurso acerca de suas trajetórias de vida e trabalho. No Brasil, muitos trabalhadores se encontram na informalidade, fato que é visto como um problema econômico social pela associação que se costuma fazer entre trabalho informal e precarização laboral. Neste estudo, optou-se pela adoção de conceito de setor informal estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1999), segundo o qual esse setor compõe-se de unidades econômicas não agrícolas, que produzem bens e serviços com o objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas. São unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empregadores com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas, não importando se se trata de sua atividade principal ou secundária. Utilizou-se uma abordagem qualitativa de pesquisa, mediante a técnica da história de vida. Foram entrevistados oito trabalhadores, com idades entre 30 e 66 anos e nível de escolaridade entre o 3° ano do ensino fundamental e o superior incompleto. Os dados coletados foram categorizados por intermédio da análise de conteúdo. Os resultados evidenciam que a inserção e a permanência desses trabalhadores na informalidade não é algo planejado, mas uma situação que vai se definindo no decorrer de suas vidas, influenciada pelas relações e interesses familiares, amizades, experiências profissionais vividas, conhecimentos e qualificações adquiridos, oportunidades de trabalho, necessidade financeira, busca por melhores condições de renda e vida e características pessoais. A ideia de que as pessoas se inserem na informalidade pela falta de oportunidade de trabalho formal, por não ter opção para sobreviver não aparece claramente no discurso desses entrevistados, mas apenas nas entrelinhas, quando falam das dificuldades de inserção no mercado formal pela baixa escolaridade e ou idade avançada. O que sobressai nas falas desses trabalhadores são as vantagens de se trabalhar na informalidade, como a de não ter chefe, não ser mandado por ninguém, ter horário flexível, poder conciliar os trabalhos domésticos com os profissionais e a possibilidade de ganhar mais. Todos os entrevistados afirmaram não trocar a atividade atual por um trabalho formal. Esse fato leva a acreditar que a permanência na informalidade é uma questão de escolha e não uma imposição do mercado de trabalho por falta de vagas no setor formal. As pessoas optaram por ficar na informalidade por perceberem maiores vantagens nesse ramo do que as oferecidas pelo trabalho formal. Palavras-chave: Escolha profissional. Trabalho informal. Feira de Roupas. História de vida. |