Estratégias para o manejo de Carapa guianensis Aublet na Floresta Nacional do Tapajós

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0002-3568-4401 lattes
Outros Autores: XIMENES, Lucas Cunha
Orientador(a): FREITAS, Lucas José Mazzei de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
Departamento: Instituto de Biodiversidade e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1793
Resumo: Os objetivos desta tese foram analisar a estrutura populacional e o padrão espacial de árvores de Carapa guianensis Aublet, além de determinar seu diâmetro mínimo de corte (DMC) e ciclo de corte (CC) na Floresta Nacional do Tapajós, a fim de prospectar estratégias de manejo madeireiro para a referida espécie. Os dados para responder ao primeiro objetivo são provenientes do inventário 100% (pré-exploratório) das Unidades de Produção Anual (UPAs) 4, 9, 10, 11, 12, 13 e 1, com nível de inclusão de diâmetro à altura do peito - DAP ≥ 20 cm. Foram calculados a estrutura horizontal, a distribuição diamétrica, o padrão de distribuição espacial pelo método K de Ripley e a densidade de Kernel total e por classe de diâmetro, levando em consideração as coordenadas geográficas das árvores. O padrão de distribuição espacial foi predominante agregado, sendo essencial para o planejamento e execução das atividades de colheita madeireira e não-madeireira para um possível futuro manejo da espécie. Os mapas da densidade de Kernel mostraram-se ser uma ferramenta eficaz na capacidade de fornecer subsídios para o manejador planejar tanto a exploração madeireira de Carapa guianensis quanto a nãomadeireira. Para responder ao segundo objetivo, foram selecionadas 30 árvores localizadas nas UPAs 4 e 10 na Floresta Nacional do Tapajós. Com o uso de uma sonda, foram coletadas, a uma altura de 1,3 m do solo, de 2 a 3 amostras radiais por árvore, totalizando 85 baguetas. Para a modelagem do crescimento, foi aplicado o método GOL (Growth-Oriented Logging), com a construção de curvas de diâmetro, área basal e volume em função da idade. O Incremento Corrente Anual (ICA) e o Incremento Médio Anual (IMA) do DAP sem casca das árvores foram obtidos a partir do crescimento cumulativo nos diferentes anos. O DMC foi definido como o diâmetro na idade em que a espécie atingiu seu maior incremento corrente em volume. O ciclo de corte foi determinado pela estimativa do tempo médio de passagem pelas classes diamétricas de 10 cm, até atingir o DMC específico calculado. A espécie Carapa guianensis apresenta anéis de crescimento anuais distintos, cuja análise permitiu modelar padrões de crescimento em diâmetro, volume e área basal, permitindo com que critérios específicos de manejo fossem estabelecidos. Os resultados indicam que para que haja um manejo sustentável, é necessário que o DMC seja de 50 cm, com ciclo de corte de 14,8 anos.