Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
https://orcid.org/0000-0002-3039-5440
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Outros Autores: |
ALMEIDA, Everton Cristo de |
Orientador(a): |
GAMA, João Ricardo Vasconcellos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/83
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Resumo: |
A presente Tese teve o objetivo de analisar a dinâmica no uso dos recursos florestais por comunidades em Unidades de Conservação e Projeto de Assentamento no oeste paraense. Foram utilizadas ferramentas de análises qualiquantitativas como a Análise Qualitativa Comparativa de valores de conjuntos difusos (FsQCA), índices sintéticos sobre o Desenvolvimento Econômico e Social, PCA e análise de clusters, para questionar e propor soluções razoáveis, que levem em consideração as condições de necessidade e suficiência do sistema socioecológico, para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades de diferentes unidades de ocupação no oeste paraense. Como resultados, a combinação das variáveis de primeira camada (SG*UR*U), tendo como variável resposta o Índice de Desenvolvimento Econômico e Social (IDES), obteve valores de cobertura 0,80 e consistência 0,96, implicando em uma condição de suficiência, para o IDES. Cerca de 70% das comunidades apresentaram valores medianos para o Índice de Desenvolvimento Econômico e Social (0,5 < IDES < 0,8), os 30% restantes estão abaixo de 0,5, classificadas como baixo IDES. As comunidades usam de forma diferenciada o recurso florestal, as comunidades ribeirinhas são mais extrativistas, aproveitam melhor os produtos florestais madeireiros e não madeireiros oriundos de floresta nativa, fruto do conhecimento empírico acumulado durante as gerações. E as comunidades assentadas preferem plantar árvores, formado sistemas agroflorestais, entre outros sistemas, como quintais e integrados com criação de animais e culturas agrícolas de ciclos curtos. Destacam-se entre as espécies florestais mais cultivadas a andiroba, o cumaru e o piquiá, dentre outras frutíferas, principalmente em quintais agroflorestais. Em assentamentos, a disposição da condição causal também é altamente influenciada pelos elementos da primeira camada de variáveis, no entanto, a dinâmica de uso é diferenciada, uma vez que o cultivo de essências florestais, os diferentes arranjos de SAFs, a organização nas tarefas de cultivo e o empoderamento econômico, são características que diferenciam a dinâmica de uso desses recursos, inclinando-se para o uso misto, com práticas silviculturais entre outras técnicas de gestão da propriedade rural. De certa forma, o extrativismo e os sistemas silviculturais, da forma como estão sendo conduzidos, não estão contribuindo com o desenvolvimento das comunidades. A troca de experiências poderá ser uma importante ferramenta para que haja desenvolvimento na região, onde a produção agroflorestal e da agricultura familiar compõem a base da economia local. Portanto, desenvolver atividades econômicas baseadas na domesticação de espécies florestais e no melhoramento genético, por meio do conhecimento empírico e técnico-científico, com apoio dos principais atores sociais e do estado, mostra-se como uma alternativa viável e que poderá ser um passo importante no desenvolvimento sustentável de comunidades que têm a floresta como seu principal patrimônio. |