Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
https://orcid.org/0000-0002-3431-6594
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Outros Autores: |
CARLOS, Dilma Ázira Ismael |
Orientador(a): |
MARTORANO, Lucieta Guerreiro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidade e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1703
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Resumo: |
Os recursos hídricos potáveis são limitados, sendo que mais de 70% dessa água é usada para fins de irrigação agrícola. A escassez hídrica no solo está entre as principais limitações na expressão do potencial produtivo de uma cultura. Entre as estratégias de decisão em períodos de deficits hídricos está a adoção de sistemas de irrigação para garantir a produtividade em cada ano/safra, mas é necessário apontar indicadores de sustentabilidade na agricultura. Assim, objetivou-se analisar indicadores de uso eficiente da água sob condições climáticas na Amazônia Oriental e na África Austral usando como estratégia uma tecnologia de irrigação com potes de argila, na agricultura de base familiar. Foram adotados métodos quantitativos e qualitativos, onde a partir de ferramentas de diagnóstico usando dados secundários obteve-se os indicadores de risco qualitativos, quantitativos, regulatórios e reputacionais das bacias hidrográficas que abastecem as áreas agricultáveis dos dois Países (Brasil e Moçambique). Verificou-se que os riscos entre as bacias hidrográficas são diferentes, onde Santarém ficou na categoria de baixo a médio e, a de Maputo com risco alto, sinalizando maior atenção quanto ao uso dos recursos hídricos em cultivos irrigados em Maputo. Os dois municípios possuem alto risco regulatório e reputacional, riscos em contaminação de mananciais e águas subterrâneas. Utilizando-se balanços hídricos foram estimados os estoques de água no solo para avaliar a escalabilidade da irrigação, nos dois países. Constatou-se que, principalmente os horticultures na província de Maputo necessitam da adoção de estratégias para reposição hídrica durante quase o ano todo. Em Santarém, os agricultores de base familiar, principalmente em anos de extremos climáticos como El Niño demandam de estratégias de irrigação, entre os meses de agosto a novembro quando há intensificação na redução das chuvas na região. Foi diagnosticado, a partir da autorização do comitê de ética, o perfil dos horticultores no Vale do Infulene, em Maputo possuem baixo nível escolar com predominância na faixa etária superior a 50 anos de idade. Também, constatou-se que a irrigação manual é utilizada, a partir de águas subterrâneas, rios. A partir da instalação de um ensaio didático, confirmou-se que em Maputo existe matéria-prima para serem implantadas unidades à semelhança da Unidade de Referência Tecnológica (URT), instalada desde 2016 na comunidade de Lavras, em Santarém, no oeste do estado do Pará. Também, constatou-se que a URT é um espaço típico da teoria de Ba, pois tem consolidado conhecimentos sobre a tecnologia de irrigação que reusa água da chuva e possui uma solução que abastece os potes de forma autônoma sendo um modelo estratégico de integração do conhecimentos entre os atores responsáveis pela implantação, adoção e transferência da tecnologia, denominada de IrrigaPote. Aplicando-se a matrix Fofa (SWOT), observou-se que essa é uma tecnologia social que aponta indicadores de uso eficiente da água para garantir a oferta de alimentos usando práticas conservacionistas no uso eficiente da água nos dois países, extensivo à qualquer outra região agrícola produtiva, desde que exista pote de argila, gerando alimento, emprego e renda aos agricultores e novas oportunidades para artesãos. |