Ampliando o conhecimento sobre a Flora Amazônica: distribuição da riqueza de samambaias e licófitas na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Marise Helen Vale de lattes
Orientador(a): ALMEIDA, Thaís Elias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/576
Resumo: Samambaias e licófitas são plantas de origem antiga, desprovidas de sementes. Sua dispersão através de esporos ocorre pelo vento, o que torna possível sua distribuição para diversos locais. São importantes indicadores ambientais, se tornando um grupo especial quando o assunto é conservação. A região do Baixo Tapajós, localizada na região oeste do estado do Pará, na bacia do rio Tapajós, apresenta uma grande diversidade de samambaias e licófitas, mas toda essa riqueza está sob ameaça pelas constantes ações humanas como queimadas em Áreas de Proteção Ambiental e construção de barragens no curso do rio Tapajós. O objetivo desse trabalho foi analisar lacunas de coletas, vieses de amostragem, distribuição da riqueza e checar se as áreas protegidas na região do Baixo Tapajós estão contribuindo para a conservação da flora usando sambambaias e licófitas como grupo modelo. Para isso, uma base de dados foi construída a partir de informações de cada espécime de samambaia e licófita coletado na região e depositado em coleções científicas ou disponíveis em trabalhos publicados. Esses registros foram verificados para precisão e correção da localização e foram georeferenciados quando necessário. Os registros foram checados e identificados com auxílio de chave dicotômica. A relação entre esforço amostral e riqueza de espécies foi avaliada assim como se os registros são enviesados para áreas próximas a rotas de acesso (definidos como estradas ou rios navegáveis). Foi feita uma comparação da composição das espécies entre as áreas de estudo e outras dezesseis áreas que possuem inventários de samambaias e licófitas na Amazônia brasileira. Apresentamos aqui o primeiro checklist para as samambaias da bacia do Baixo Tapajós, assim como para as quatro Unidades de Conservação que apresentaram registros dessas plantas. Foi possível identificar o estado de conservação das espécies assim como locais que apresentavam lacunas de coleta. O viés de amostragem também foi verificado a partir das rotas de acesso em rios e estradas e foi possível verificar um adensamento de coletas restrito a áreas de acesso facilitado e próximo de grandes municípios. Por se tratar de uma região alvo de ações destrutivas e um grupo de estudo tão sensível a mudanças ambientais, as informações obtidas a partir da pesquisa são de suma importância para o auxílio na conservação da flora da região do Baixo Tapajós. Obter esses dados a partir de acervo de herbário valoriza ainda mais a preciosidade dessas coleções científicas, e o quanto ele é capaz de guardar e registrar a história da flora de uma determinada região. Com base no referido estudo sobre informações a respeito da distribuição dessas plantas se faz possível que gestores de Unidades de Conservação utilizem essas informações para elaborar políticas de proteção as espécies, para que assim minimizem conflitos de devastação em áreas de floresta ocasionada por ação humana.