Ampliando o conhecimento sobre a flora amazônica: distribuição da riqueza de samambaias e licófitas na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Marise Helen Vale de
Orientador(a): ALMEIDA, Thaís Elias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DAS ÁGUAS
País: BRASIL
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/438
Resumo: Fungos poróides (Basidiomycota, Agaricomycetes) são caracterizados pela presença do himenóforo tubular/poros. Porém, por ser um grupo polifiléticos, poróides também abrigam espécies de superfície himenial lisa e dentada. A maioria destes fungos poróides degradam madeira morta, sendo assim chamados de lignocelulolíticos. Mas também são encontradas espécies de solo ou, mais raramente, espécies parasitando plantas. Com o intuito de contribuir com o conhecimento sobre a riqueza e ecologia desse grupo de fungos na Amazônia brasileira foram realizadas quatro coletas em uma área de floresta no Oeste de Santarém, entre janeiro e outubro de 2018. Em cada coleta percorreu-se 30 transectos de 250 metros cada, onde foram coletados 545 espécimes de macrofungos. Sendo estes distribuídos em 91 espécies, 43 gêneros, sete famílias em duas ordens. Destas, 16 novos registros de espécies para o estado e, uma para América do Sul. A maioria das espécies (87; 96%) são consideradas ocasionais ou raras, e somente quatro espécies consideradas frequentes, e nenhuma abundante. A variação da abundância, riqueza de espécies e composição de fungos poróides foram investigadas ao longo do tempo em relação a: abertura do dossel, temperatura, umidade do ar e pluviosidade. A riqueza de fungos poróides foi significativamente influenciada pela umidade, enquanto que a composição foi influenciada pela temperatura, umidade e pluviosidade. A abertura de dossel não influenciou nenhuma variável biótica. A abundância, riqueza e composição diferem para cada período amostral, sendo maiores no período chuvoso. O número de ocorrência e preferência de espécies de fungos poróides é maior em troncos mortos do que vivo, além da maior relação entre os estágios de decomposição rígido e intermediário, corroborando com alguns estudos no Brasil. A distribuição da assembleia é totalmente aleatória sem efeito das variáveis abióticas ou geográfica na co-ocorrência das espécies de macrofungos poroides na área de estudo.