Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lourenço, Marcos Felipe de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/29304
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Resumo: |
Em todo o planeta são produzidos anualmente centenas de milhões de toneladas de plásticos para diferentes usos. Pesquisas sobre a contaminação microplástica tiveram início, e durante muito tempo concentrou-se, em ambientes marinhos, enquanto nos últimos anos os ambientes terrestres e de água doce tornaram-se foco de investigação. O presente estudo apresenta uma primeira avaliação da poluição por microplásticos em praias fluviais do Rio Tapajós, no estado do Pará, Região Amazônica. Foram coletadas amostras de sedimento de quatro praias, predominantemente afetadas por atividades urbanas (Cajueiro e Maracanã) e de recreação (Pindobal e Ilha do Amor). Os microplásticos foram separados do sedimento por diferença de densidade utilizando uma solução saturada de cloreto de sódio (NaCl) e foi comparada a abundância de microplásticos quanto ao uso de tratamento para eliminação de matéria orgânica (utilizando H2O2) e a avaliação sem este tratamento. Todas as praias possuíam contaminação por microplásticos e registrou-se um total de 1911 partículas, sendo classificadas morfologicamente em fragmentos (1258 itens; 65,8%) e fibras (653 itens; 34,2%). A abundância total de microplásticos em cada ponto estudado variou entre 5,9 e 201,8 itens.kg-1. Não houve diferença significativa entre as concentrações de fibras, fragmentos e total de microplásticos entre as praias (p > 0.40). Com base na aparência visual, 42 partículas (acima de 0,2 mm) foram selecionadas para serem analisadas por espectroscopia de infravermelho (FTIR), a fim de identificar sua composição polimérica. Um total de 40% destas partículas foram classificadas como polímeros plástico, 46% foram identificadas como celulose, folha de planta, fibras artificiais não plásticas e quitina, enquanto 14% não foram identificados. Os polímeros foram identificados como poliéster (29%), poliestireno (17%), polietileno (12%), polipropileno (6%), poliuretano (6%), policloropreno (6%), silicone (6%), poliamida (6%), acrilonitrila butadieno estireno (6%) e poli(dialil-isoftalato) (6%). Através dos espectros também foi possível calcular o índice carbonila de 5 partículas e classificar seu nível de degradação, que variou de baixo a médio (0,09 a 0,20), sugerindo haver uma larga variabilidade na susceptibilidade à degradação e fragmentação para materiais como polietileno, de poliestireno e polipropileno. Este estudo ressalta a contribuição de ambas as atividades urbanas e recreacionais como fontes de contaminação por microplásticos, propondo-se também a hipótese de haver alguma contribuição de fontes difusas por transporte de longa distância. |