Caracterização da atividade pesqueira das comunidades do entorno do Parque Estadual de Monte Alegre, Pará, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Ivoneide Ferreira da
Orientador(a): SOUZA, Keid Nolan Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos
Departamento: INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DAS ÁGUAS
País: BRASIL
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/228
Resumo: Na região Amazônica, a pesca é uma das atividades extrativistas mais tradicionais e importantes, tem um caráter artesanal e de subsistência. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a atividade pesqueira realizada por comunidades do entorno do Parque Estadual Monte Alegre, uma Unidade de Conservação de proteção integral, localizada em sua totalidade nos limites da APA Paituna, uma Unidade de Conservação de uso sustentável. Os dados foram coletados de janeiro a novembro de 2014, em seis comunidades localizadas no entorno do Parque. Fez-se uso de entrevistas, com auxílio de questionários semiestruturados, com os pescadores indicados como especialista em pesca e que estivesse na atividade a mais de 15 anos. Foram entrevistados 29 pescadores, resultando em um total de 259 entrevistas. Todas as informações coletadas foram digitalizadas em bancos de dados relacionais na plataforma Acess® e posteriormente analisadas com estatística descritiva. A forma de análise dos dados obtidos nas entrevistas foi à categorização do conteúdo das respostas. Os dados também foram trabalhados por meio de uma abordagem emicista/eticista, elaboração de tabelas de cognição comparada, em que os conhecimentos tradicionais são comparados com trechos da literatura cientifica corrente. Os pescadores do entorno do PEMA fazem dois tipos de uso dos recursos pesqueiros: consumo e venda. Os lagos são os ambientes mais utilizados, sendo que os mais piscosos estão localizado fora da Unidade de Conservação. Utilizam-se de embarcações de pequeno porte como o casco e canoa com remo, a canoa motorizada e o barco com motor de centro. A malhadeira foi o arreio mais utilizado e durante o ano todo. O rendimento pesqueiro tem o seu pico na vazante quando ocorre à migração do “peixe gordo”, foram identificadas 35 etnoespécies de peixes, que correspondem a 35 espécies biológicas. A atividade de pesca é associada a outras atividades como a agricultura e a pecuária, particularmente no período da cheia e do defeso. A economia do entorno do PEMA está assentada notadamente, sobre a pesca, uma atividade relevante tanto para a subsistência quanto para o comércio.