Avaliação temporal da produção de categorias de pescado protegidas pelo defeso, desembarcadas na feira do pescado – Santarém-Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ROCHA, Renan Luís Queiróz
Orientador(a): SOUSA, Keid Nolan Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos
Departamento: INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DAS ÁGUAS
País: BRASIL
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/280
Resumo: O consumo mundial de pescado tem aumentado nas últimas décadas. Para suprir as elevadas demandas, a produção pesqueira tem crescido e a pressão sobre os recursos aumentado, levando à queda nos estoques de espécies importantes. Na Amazônia, a pesca desempenha um papel importante na segurança alimentar e na economia das populações locais. Fatores como a variação climática e medidas de ordenamento regulam os desembarques na região. O defeso é a medida de ordenamento mais amplamente utilizada na pesca, mas não está muito claro seu efeito sobre os estoques. O presente estudo analisou a série temporal dos desembarques de categoria de espécies protegidas pelo defeso na Feira do Pescado, Santarém – PA, com objetivo de entender o comportamento temporal da produção e suas relações com a variação climática e o período do defeso. Os resultados apontam que os grupos protegidos estão entre os principais recursos desembarcados e apresentam oscilação sazonal e interanual de produção de acordo com as características do ambiente. Observa-se que variação na produção pesqueira responde à dinâmica de inundação dos ambientes aquáticos, de acordo com a biologia dos grupos estudados. Mesmo durante o defeso, foi possível observar espécies protegidas presentes nos desembarques. Além disso, nota-se um aumento na produção durante os defesos em que a proibição foi suspensa (2015-2016). Quanto à variação climática, a ocorrência do evento el niño provocou deficites de precipitação e seca na bacia Amazônica, tornando os peixes mais vulneráveis à captura, uma vez que ficam confinados em ambientes mais rasos e podem ser mais facilmente localizados. De modo gral, a ocorrência de secas extremas foi acompanhada de aumento na produção. A suspensão do período do defeso, combinada à ocorrência de uma seca extrema na Amazônia representaram aumento da pressão de pesca sobre os grupos de peixes protegidos, observado na elevação do volume de desembarque