Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Luiz Augusto Rodrigues |
Orientador(a): |
SOUSA, Keid Nolan Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos
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Departamento: |
INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DAS ÁGUAS
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País: |
BRASIL
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/241
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Resumo: |
O Município de Alenquer, localizado na mesorregião do Baixo Amazonas, tem atividade pesqueira, até o momento, pouco estudada, provavelmente por não fazer parte do eixo dos grandes portos de desembarque pesqueiros da Amazônia. Essa lacuna no conhecimento dificulta o entendimento da dinâmica da pesca na região, bem como sua contribuição para o cenário da pesca amazônica. Este estudo objetivou avaliar a dinâmica da pesca e seus efeitos espaciais no município de Alenquer. As informações foram coletadas através de um monitoramento participativo da pesca entre os anos de 2010 a 2016. Os dados foram armazenados em um banco de dados com informações continuas da pesca. A espacialização dos dados foi realizada utilizando software livre QGIS, versão 2.14, para criação de buffers, interpolação e vetorização. O monitoramento da dinâmica da pesca registrou 52.853 pescarias, tendo uma captura total de 1.203.681 kg de pescado e um volume financeiro bruto de R$ 3.610.102,20. Os pescadores usaram como embarcações de pesca as canoas, bajaras e barcos. Para prática da pesca foi utilizada uma variedade de apetrechos, com destaque para as redes de emalhe. A captura foi composta de 38 grupos de pescado. Os grupos de peixe como surubim (Pseudoplatystoma punctifer, P. tigrinum); tucunaré (Cichla monoculus, Cichla sp ); curimatá (Prochilodus nigricans); pescada (Plagioscion squamosissimus; P. sp); aracu (Schizodon fasciatus, S. vittatus, Leporinus spp, Rhytiodus argenteofuscus, Laemolita taeniata); pirarara (Phractocephalus hemioliopterus); aruanã (Osteoglosum bicirrhosum); acara-açú (Astronotus crassipinnis; A. ocellatus) e pacu (Metynnis spp, Mylossoma duriventre, M. aureum) representaram 77% da captura total. As pescarias foram feitas principalmente em lagos (89%), com registro de 863.093 horas de pesca, apresentando uma melhor CPUE (1,23) e captura (1.058.969 kg) que ambientes paranás e rios. Maiores valores de captura, CPUE e renda ocorreram no período da vazante das águas. Os lagos são ambientes de extrema importância para pesca comercial, durante o ano todo, com destaque para o período da vazante, cujas capturas são concentradas em espécies sedentárias e pequenos e grandes migradores. A espacialização da dinâmica da pesca permitiu verificar que os pescadores atuam em um raio de 44 km, explorando 106 ambientes de pesca. A captura variou de acordo com a magnitude de esforço pesqueiro praticado pelos pescadores nos ambientes de pesca. Os ambientes não foram pontos de pesca com maiores frequências de pescarias nos respectivos anos de destaque na captura, indicando que os pescadores exploram esses locais em momentos de concentração de pescado. Há sobreposição territorial dos núcleos de base no uso dos ambientes de pesca. Com isto, o presente estudo propôs a definição de unidades territoriais de manejo da pesca de lagos, numa percepção integrada, participativa e adaptativa. |