Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ASSIS, Francisco Flávio Vieira de |
Orientador(a): |
MINERVINO, Antonio Humberto Hamad
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1155
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Resumo: |
A malária é uma doença infecciosa e parasitária, que afeta milhões de pessoas nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil, a maioria dos casos estão na Amazônia Legal devido especialmente às condições favoráveis para a existência do vetor. A malária, doença causada por protozoários do gênero Plasmodium, é a protozoose que mais mata seres humanos no mundo. A resistência descrita no sudeste da Ásia do Plasmodium falciparum, à derivados de artemisina, droga classicamente utilizada no tratamento da doença, ameaça o controle da malária, ressaltando a necessidade do desenvolvimento de novos medicamentos, em especial os produtos naturais. Os medicamentos oriundos de substâncias naturais são capazes de tratar cerca de 80% das enfermidades que acometem a humanidade. Libidibia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea, é uma árvore que cresce em todo o Brasil, sendo encontrada, principalmente, na região Norte e Nordeste, sendo conhecida vulgarmente como jucá. O jucá, tem sido muito investigado por suas diversas propriedades biológicas (anti-inflamatória, analgésica, anticancerígena, antioxidante, antimicrobiana e cicatrizante) mas não existem estudos sobre sua ação contra parasitas do gênero Plasmodium. Neste contexto, objetivou-se avaliar a atividade anti-plasmodial in vitro do extrato hidroalcoólico de Jucá (L. ferrea) (EHJ). A preparação do extrato hidroalcoólico de Jucá foi realizada utilizando frutos, os frutos (1,5 kg) foram higienizados com álcool 70º Gl e secos em temperatura ambiente. Após 48 horas os frutos foram colocados em estufa de circulação de ar forçado microprocessada a 40ºC por 72h. Posteriormente, os frutos foram triturados e colocados para maceração em álcool 96° Gl, na proporção de 5 litros para 1 kg de fruto, durante 7 dias. Em seguida, o macerado foi filtrado e a tintura extraída por meio de rotaevaporador. Para o ensaio de citotoxicidade foi utilizado o método de MTT com células WI-26VA4 (fibroblasto pulmonar ATCC CCL-75). Este teste consiste na avaliação colorimétrica rápida do crescimento de linhagens celulares in vitro. Para obtenção das fases intraeritrocitárias de Plasmodium falciparum, os parasitos da cepa W2 (cloroquina-resistente) foram cultivados em hemácias humanas in vitro sob condições ideais para o crescimento. Para o teste anti-plasmodial as culturas sincronizadas do P. falciparum com 0,5% de parasitemia em estágio de anel e 2% de hematócrito foram distribuídas em placa de 96 poços (180μL por poço). O composto testado foi adicionado (20μL) à placa-teste, em triplicata, e em diferentes concentrações seriadas de 50 a 0,20μg/mL. Nos testes realizados, a citotoxicidade foi registrada como a porcentagem de redução na absorbância. O extrato hidroalcoólico de Jucá não apresentou atividade citotóxica por MTT, com valor de IC50 superior a 100 µg/ml. Na determinação do IC50 por teste anti-plasmodial o valor foi de 11,10 µg/ml. Além disso, obteve-se o índice de seletividade (IS) 9, que corresponde à relação entre as atividades citotóxicas e anti-plasmodial do extrato hidroalcoólico de Jucá. O extrato apresentou baixa atividade hemolítica nas maiores concentrações e não apresentou atividade hemolítica nas menores concentrações testadas. Devido a sua atividade anti-plasmodial nas concentrações testadas e baixa toxicidade, o extrato de Jucá apresenta-se como candidato a fitoterápico no tratamento de malária, podendo ainda potencializar seu efeito se associado com outros fitoterápicos. |