Um estudo dos neologismos derivacionais em Manoel de Barros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Ordalha Cristina Mariano Alves de
Orientador(a): Grácia-Rodrigues, Kelcilene
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2478
Resumo: Este trabalho tem como objetivo identificar e apresentar os neologismos derivacionais de oito títulos de Manoel de Barros, sendo eles Poemas concebidos sem pecado (1937), Face imóvel (1942), Poesias (1956), Gramática expositiva do chão (1969), Matéria de poesia (1974), Arranjos para assobio (1982), O livro das ignorãças (1993) e Ensaios Fotográficos (2000), organizados em fichas numeradas e em ordem alfabética contendo as unidades léxicas, a provável base lexical, os sentidos atribuídos à palavra de acordo com o contexto, o número de ocorrências do neologismo no corpus analisado, a abonação e um comentário linguístico de acordo com o suporte teórico utilizado. Inicialmente, apresentamos a biografia de Manoel de Barros, seguida de parte de sua fortuna crítica, organizada de acordo com as citações de Castro (1992), Silva (1998), Béda (2202) e Grácia-Rodrigues (2006), entre outros, composta por vinte e seis livros que tratam principalmente do trabalho que o poeta realiza com a linguagem. Para subsidiar nosso trabalho, apresentamos uma explanação sobre a estilística da palavra, o estilo, a formação e classificação dos neologismos e o processo de formação de palavras derivadas pelo acréscimo de um afixo, de acordo com Carvalho (1974), Câmara Junior (1977), Biderman (1978), Barbosa (1981), Basílio (1987), Sandmann (1992), Lapa (1998), Alves (2007) e Martins (2011). Utilizamos como ferramenta para a manipulação do corpus o programa Microsoft Word, que possibilitou o armazenamento do conteúdo para confirmação do neologismo, processo que foi feito através de consulta aos dicionários Novo Dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2. ed., Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986), na versão eletrônica do Dicionário Eletrônico Houaiss (2009), e na versão eletrônica do Diccionario da Lingua Portugueza, de Antonio de Moraes Silva (1755-1824). Foram elencados 65 neologismos, sendo 34 substantivos, 17 adjetivos, 10 verbos e 4 advérbios. Observamos que os neologismos refletem o amplo conhecimento que Manoel de Barros possui da língua, uma vez que suas criações não se distanciam da gramática normativa, já que os neologismos são formados a partir do acréscimo de um afixo, sendo 6 prefixos e 19 sufixos, com reincidência do prefixo “des-” e do sufixo “-oso”.