Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Gabriela Almeida de |
Orientador(a): |
Oliveira, Taísa Peres de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2709
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Resumo: |
Este trabalho tem como tema o estudo das construções condicionais correlativas hipotéticas cuja estrutura é “se p, então q” ou “se p, aí q”. A análise se baseia nos paradigmas funcionalistas propostos, principalmente, por Butler (2003), Neves (2012), Hirata (1999), Oliveira e Hirata-Vale (2011) por meio dos quais a linguagem é observada considerando-se o seu uso em contextos efetivos de comunicação. O objetivo geral da pesquisa é descrever a manifestação das construções condicionais correlativas hipotéticas das estruturas “Se p então q” e “Se p aí q” no português falado e escrito utilizados entre os séculos XX e XXI. Como objetivos específicos, esperamos mostrar que no uso da língua os falantes têm à disposição uma gama de possibilidades para a expressão da condicionalidade; que há determinados fatores sintáticos e semânticos que motivam a interpretação condicional de algumas construções; que a escolha de uma dada construção está vinculada a questões pragmático-discursivas; que cada escolha codifica determinada função aos termos dessas orações. Diante de tal propósito, utilizaremos como parâmetros para especificar nosso objeto os domínios cognitivos; os graus de hipoteticidade; formas verbais da oração núcleo; formas verbais da oração condicional; e a ordem nas construções condicionais. Por meio de nossas análises, podemos obter uma caracterização desse tipo de construção no português, abrangendo tanto a modalidade falada quanto a modalidade escrita da língua. Além disso, espera-se que possamos contribuir de modo efetivo para os estudos sobre a linguagem, apresentando a real complexidade da língua e do seu uso. Nossas análises evidenciam que as construções condicionais correlativas hipotéticas manifestam sentidos diferentes e específicos em determinados contextos, portanto, não podem ser consideradas como equivalentes às condicionais tidas como canônicas, uma vez que as condicionais correlativas hipotéticas manifestam sentido e estrutura diferentes daqueles que são manifestos pela condicional canônica. Foi possível perceber que essas estruturas correlativas manifestam um valor bicondicional, o qual não está necessariamente presente no sentido das condicionais canônicas, além do sentido, o comportamento das condicionais correlativas hipotéticas é distinto daquele que se observa nas demais condicionais quando considerada a ordenação das orações. Por meio dessa pesquisa evidenciou-se que as condicionais correlativas hipotéticas devem ser consideradas como um outro tipo de condicional, o qual apresenta estrutura e sentido mais específico, uma vez que nessas condicionais a relação entre a prótase e a apódose é mais estreita. |