Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Aline Fernanda |
Orientador(a): |
Oliveira, Taísa Peres de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2738
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo principal investigar, sob a luz da teoria funcionalista, o uso de supondo (que) como conector. O trabalho está embasado em uma teoria funcionalista e considera a língua em sua dinamicidade, sujeita a mudanças. É nesse contexto que visamos comprovar que supondo (que) pode assumir uma função diferente da função de predicação prevista pelo verbo: a de conectivo condicional. Sabe-se que os conectores adverbiais comumente se desenvolvem a partir de verbos, advérbios e preposições, como demonstra a extensa literatura sobre gramaticalização de conjunções (Traugott, 1985; Thompson e Longrace, 1985; Lenker e Meurman-Solin, 2007). Hirata-Vale (2012) e Oliveira (2008; 2014) têm apontado o fato de que supondo que pode ser usado como conector adverbial de valor condicional. Propostas semelhantes à de Visconti (2004), que analisa o conector supposing (that) como conjunção condicional no inglês. Para testá-lo como conector, usamos como base os critérios definidores das conjunções adverbiais de Kortmann (1996): (i) os subordinadores adverbiais são formas que não se flexionam; (ii) os subordinadores adverbiais operam sobre uma oração subordinada finita; (iii) eles não cumprem uma função sintática; (iv) assumem uma posição não flexível na margem da cláusula sobre a qual eles operam e (v) não pertencem a um registro da língua; e os parâmetros de condicionalidade definidos por Dancygier (1998): (i) formas verbais utilizadas e a não-factualidade marcada por elas; (ii) postura epistêmica na oração condicional; (iii) causalidade entre p e q; (iv) sequencialidade entre a prótase a a pódose; (v) não assertividade do conector; (vi) posição da oração condicional e (vii) função do conector como introdutor de espaços mentais. Para tais análises, devemos levar em conta o uso do supondo que em situações reais da língua, portanto, o material que forma o corpus analisado foi coletado do Corpus do Português, (www.corpusdoportugues.org.br), composto por textos nos registros oral e escrito, em português do século XIII ao século XX e, como forma de complementação da amostragem para análise, utilizamos a máquina de busca webcorpora, ferramenta computacional que busca dados linguísticos na internet. Espera-se com este trabalho demonstrar o estatuto conjuncional de supondo que e o valor condicional estabelecido por ele. |