Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Mousquer, Gina Jonasson |
Orientador(a): |
Castro, Ana Rita Coimbra Motta de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1860
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Resumo: |
A hepatite B é uma das mais comuns e graves doenças infecciosas, constituindo um importante problema de saúde pública mundial. Multiplicidade de parceiros, uso ocasional de preservativos e coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis constituem importantes fatores associados ao risco de infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) entre as mulheres profissionais do sexo. Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência da infecção pelo HBV e identificar comportamentos de risco para essa infecção em mulheres profissionais do sexo em Campo Grande, MS, entre novembro de 2009 a dezembro de 2010. Para seleção da amostra foi utilizada a técnica Respondent-Driven Sampling (RDS). As 402 participantes foram submetidas à entrevista e coleta de amostras sanguíneas para detecção dos marcadores sorológicos HBsAg, anti-HBs e anti-HBc total utilizando imunoensaio enzimático (ELISA). Além disso, foi administrada a vacina contra a hepatite B utilizando os esquemas acelerado (0, 1 e 2 meses) ou convencional (0, 1 e 6 meses). A idade mediana das participantes investigadas foi de 25 anos, a maioria tinha 5 a 9 anos de estudo (54,5%) e não possuía parceiro fixo (86,2%). O consumo de álcool foi relatado por 88,5% das profissionais do sexo e 68,6% possuíam tatuagem/bodypiercing. A idade média da primeira relação sexual foi de 15 anos, a maioria (87,7%) relatou fazer uso regular de preservativo com os clientes e 54,9% relataram ter até sete clientes por semana. A prevalência global para a infecção pelo vírus da hepatite B foi de 9,3% (IC: 95%: 5,3 – 13,9) e positividade de 0,7% (IC: 95%: 0,6 – 2,5) para o HBsAg. Foi encontrada uma baixa cobertura vacinal (29,6%) nessa população e 61,4% (247/402) das mulheres profissionais do sexo estudadas eram suscetíveis a infecção pelo HBV. Com o intuito de avaliar a adesão e resposta vacinal contra hepatite B, 230 mulheres profissionais do sexo foram vacinadas utilizando os esquemas acelerado e convencional. Quanto à adesão vacinal, das 230 que receberam a primeira dose, somente 82 (35,7%) receberam o esquema vacinal completo. Os achados soroepidemiológicos indicam que medidas preventivas, como ações de educação em saúde e de vacinação contra hepatite B, são necessárias para o controle e prevenção desta infecção na população estudada. |