Estudo soroepidemiológico e molecular da infecção pelo vírus da hepatite B em manicures/pedicures em Campo Grande – MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cavaretto, Larissa dos Santos Pereira
Orientador(a): Fitts, Sonia Maria Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2911
Resumo: A hepatite B é um importante problema de saúde pública mundial e tem como principal veículo de transmissão o sangue. Portanto, manicures/pedicures, que manipulam instrumentos perfurocortantes contaminados, apresentam risco de aquisição dessa infecção. O presente estudo foi realizado no período de dezembro de 2011 a dezembro de 2014, com o objetivo de caracterizar o perfil soroepidemiológico e molecular da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em manicures/pedicures em Campo Grande - MS. Os participantes do estudo foram entrevistados e submetidos à coleta de uma amostra de sangue para detecção dos marcadores sorológicos da infecção pelo HBV. Foram pesquisados os marcadores anti-HBc total, HBsAg e anti-HBs por meio de testes imunoenzimáticos. As amostras positivas para o HBsAg foram testadas para anti-HBc IgM, HBeAg e anti-HBe. Aquelas positivas para o anti-HBc total foram testadas para a presença de HBV-DNA, por meio da reação em cadeia da polimerase, para investigação da hepatite B oculta. Todas as amostras positivas para o HBV-DNA foram submetidas à análise do polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) para a identificação do genótipo e subgenótipo viral. Um total de 514 manicures/pedicures participou do estudo. A soropositividade total para o vírus da hepatite B (anti-HBc total) foi de 5,6% (29/514) e a prevalência do marcador HBsAg foi de 0,4% (2/514). As amostras HBsAg positivas foram não reagentes para o anti-HBc IgM e para o HBeAg, mas foram reagentes para o anti-HBe. Não foi encontrado nenhum caso de hepatite B oculta e os genótipos e subgenótipos A1 e F1 foram identificados nas duas amostras positivas para o HBsAg. A análise estatística revelou associação significativa (p≤0,05) da infecção pelo HBV com o baixo nível de escolaridade, não ser natural de Mato Grosso do Sul e trabalhar na região central da cidade. Com relação à situação de imunização, a maioria dos profissionais 50,4% (259/514) estava susceptível à infecção e o marcador de imunidade vacinal (anti-HBs isolado) esteve presente em apenas 44% (226/514) das amostras analisadas. A baixa prevalência da hepatite B e a ausência de fatores de risco associados com a atividade profissional sugerem que risco de aquisição da infecção em manicures/pedicures não pode ser considerado maior do que para a população em geral.