Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Helena Medina |
Orientador(a): |
Villar, Livia Melo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30138
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Resumo: |
A utilização de amostras alternativas ao soro, bem como a avaliação do nível de conhecimento sobre as Hepatites Virais (HV) poderiam contribuir no aumento do acesso ao diagnóstico do vírus da hepatite B (HBV) e elaboração de planos para prevenção e controle das HVs. O objetivo deste trabalho foi determinar a aplicabilidade do uso de fluido oral e sangue seco em papel filtro (SSPF) para a detecção do HBV em áreas de difícil acesso, bem como avaliar a percepção sobre HVs em diferentes grupos. Na avaliação dos testes de diagnóstico para HBV, três grupos foram incluídos: G1) Alta prevalência, G2) Baixa prevalência e G3) Indivíduos com vulnerabilidade para aquisição de HBV. Foram obtidas 1296 amostras pareadas de fluido oral e soro para avaliação do desempenho da detecção do marcador anti-HBc e 2309 amostras pareadas de SSPF e soro para avaliação do desempenho da detecção de HBsAg, anti-HBc e anti-HBs. Também foram avaliados o teste comercial otimizado e teste comercial próprio para detecção do HBsAg em SSPF. Para avaliar o conhecimento sobre HV, dois estudos foram realizados utilizando um instrumento de coleta de dados. O primeiro estudo foi composto por 247 participantes em um evento de saúde na região Sudeste e moradores de uma cidade do Norte do País enquanto o segundo foi composto por 447 indivíduos provenientes de cinco diferentes populações: ambulatório de HV da região Sudeste; Centro médico das regiões Sul e Nordeste, e comunidades carentes das regiões Sudeste e Nordeste O teste de detecção de anti-HBc em fluido oral e SSPF e de HBsAg em SSPF apresentou melhor desempenho no grupo de alta prevalência (67,7%; 75,5%; 77,3%, respectivamente); também houve boa concordância do SSPF com o soro entre indivíduos vulneráveis na detecção do anti-HBc (75,2%). O teste de detecção de anti-HBs em SSPF apresentou baixo desempenho em todos os grupos avaliados (<44,5%). O teste de anti-HBc em fluido oral e em SSPF apresentou maior sensibilidade quando considerados os indivíduos com infecção ativa (92,7%; 98,4%, respectivamente). O teste de detecção de anti-HBs em SSPF apresentou maior sensibilidade entre indivíduos com altos títulos de anticorpo. Observamos bom desempenho do teste de detecção de HBsAg em SSPF pelo EIE comercial otimizado e EIE próprio. Foi observado baixo nível de conhecimento sobres as HVs entre indivíduos de Manaus e RJ no estudo 1 e indivíduos do Centro médico de Fortaleza e comunidades carentes no estudo 2. Por outro lado, conhecimento desejável foi observado em ambulatórios da região Sudeste e Sul do Brasil. Concluimos que o fluido oral e SSPF podem ser empregados como alternativa ao soro na detecção dos marcadores HBsAg e anti-HBc em estudos de prevalência para HBV, especialmente em grupos com infecção ativa. O teste anti-HBs em SSPF não foi uma boa alternativa para avaliar a imunidade da infecção pelo HBV. O conhecimento sobre HVs observado indica que há necessidade de aumentar o acesso à educação, e promover campanhas de educação em saúde, especialmente entre indivíduos de comunidades carentes e com menor escolaridade |