Infecção pelo vírus da hepatite B, HIV e cobertura vacinal em profissionais do sexo feminino em Teresina - PI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Magalhães, Rosilane de Lima Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07012014-114044/
Resumo: INTRODUÇÃO: A aids e hepatites virais constituem problemas de saúde pública mundial. As prevalências são mais elevadas em populações de maior vulnerabilidade, como as profissionais do sexo. OBJETIVO: analisar a prevalência da infecção pelo HIV e HBsAg em profissionais do sexo feminino e aspectos sociais, comportamentais, estado vacinal contra hepatite B e resposta vacinal. METODOLOGIA: trata-se de um estudo transversal que contemplou uma parte descritiva e outra interventiva, realizado no período de março de 2012 a março de 2013. Foram entrevistadas 402 mulheres profissionais do sexo, que foram incluídas pela técnica de \"bola de neve\" (snowballtechnique). Amostras de sangue foram coletadas para detecção de anti-HIV e marcadores sorológicos da hepatite B (HBsAg e anti-HBs). As mulheres com resultados sorológicos reagentes foram encaminhadas para um Serviço de Referência. Após levantamento do estado vacinal contra Hepatite B, as mulheres foram vacinadas conforme aceitação e necessidade; a resposta vacinal foi investigada 30 dias após cada dose de vacina recebida. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Os dados foram avaliados por meio de estatística descritiva. Para verificar a associação entre as variáveis qualitativas, os dados foram submetidos ao Teste Exato de Fisher e valores de p menores que 0,05 foram considerados significativos. RESULTADOS: a idade das participantes variou de 18 e 64 anos; a maioria das mulheres, ou seja, 255 (63,4%) referiram não ter um companheiro; evidenciou-se baixo nível de instrução, sendo que 270 (67,16%) possuíam de 3 a 6 anos de estudos e 47 (11,7%) eram analfabetas. Para buscar auxílio à saúde, essas mulheres afirmaram que utilizavam o Serviço de Urgência como a principal estratégia de acesso. Foram identificados nove (2,3%) casos de HIV e dois (0,5%) casos de infecção pelo HBsAg, entre as 380 (94,5%) que concordaram em realizar a coleta. Do total de 315 mulheres aptas para receber a vacina, 91 completaram as três doses de vacina; deste modo, foi possível avaliar resposta vacinal em 57 mulheres; desse total, 56 mulheres apresentaram títulos protetores maiores que 10 UI/ml. O principal motivo para a não adesão as três doses de vacina contra Hepatite B foi o não comparecimento na data agendada. CONCLUSÃO: profissionais do sexo têm maior vulnerabilidade ao HIV quando comparado com a prevalência de 0,33% em gestantes de Teresina (PI) no ano de 2011. Quanto à prevalência ao vírus da Hepatite B, foi considerada baixa para essa infecção. Portanto, o reconhecimento das áreas de prostituição do município de atuação, e uma assistência integral por meio de programas de saúde poderão ser impactantes na redução e controle de doenças verticais; controle de doenças crônicas; reduzir complicações e refletir na melhoria da qualidade de vida da população