O lugar do outro na narrativa jornalística : um olhar a partir da cultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Urquiza, Moema Guedes
Orientador(a): Banducci Junior, Álvaro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3199
Resumo: A proposta desta dissertação é refletir sobre o lugar ocupado pelo Outro na narrativa jornalística, a partir das contribuições de autores que discutem cultura. A problematização em torno do objeto de pesquisa – o lugar do Outro na narrativa jornalística – é realizada com a contribuição de Geertz (1997, 2013), Wagner (2012), Bhabha (1998), Hall (1997, 2003a, 2003b), Duschatzky e Skliar (2011), Santos e Meneses (2010), Silva (2013, 2014), Medina (2003, 2006, 2008), Larrosa e Skliar (2011), Traquina (2008). Na perspectiva deste trabalho, o Outro é o sujeito subalternizado; a narrativa jornalística sob a qual me debruço é aquela alicerçada a partir da revolução industrial, que comunga com o modelo socioeconômico hegemônico, onde o tempo é linear, escasso e urgente, o conhecimento válido é o científico e onde a objetividade se traduz no ideal a ser perseguido pelos jornalistas. A opção metodológica para produzir uma reflexão sobre o lugar do Outro na narrativa jornalística foi a de conduzir este estudo não por meio de um veículo, formato ou gênero em específico, mas a partir de ferramentas essenciais ao fazer jornalístico: a pauta, fontes e entrevista. Nessa direção, matérias jornalísticas foram selecionadas e enxertadas na dissertação tanto como exemplo de adensamento da lógica abissal e do esvaziamento ou silenciamento do Outro nas narrativas como enquanto possibilidades criativas, de narrativas mais densas e complexas. Sem a pretensão de indicar modelos e normatizar padrões, ao final do percurso é possível concluir que há aproximações interessantes entre cultura e jornalismo, assim como entre os fazeres do etnógrafo e do jornalista, experiências que podem ser muito enriquecedoras se pudermos partir da perspectiva do Outro, numa atitude de escuta e observação para, então, buscar significados.