Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ratier, Rodrigo Pelegrini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19102016-151406/
|
Resumo: |
Esta tese mapeia o espaço social do jornalismo de educação brasileiro. Trata-se de trabalho exploratório que se propõe a descrever um universo não estudado no país e pouco abordado no mundo. Lança luz sobre um de seus principais atores o jornalista de educação por meio de uma análise sociológica multifocal que compreende três escalas de observação (macro, meso e micro). Apoia-se no referencial teórico das teorias de socialização para responder às seguintes perguntas de pesquisa: como se caracterizam as lutas e jogos que se desenrolam no espaço do jornalismo de educação, quem é o jornalista de educação brasileiro e como este constrói sua identidade profissional. Parte-se da hipótese de que, para analisar a dinâmica do jornalismo de educação, é preciso compreender sua relação com outros espaços do universo jornalístico e do universo do poder, a estrutura das relações profissionais de seu espaço social, os sentidos em jogo ao longo da história e as trajetórias de socialização dos agentes. O trabalho de terreno resultou em informações quantitativas e qualitativas a partir de três instrumentos de coleta de dados: um survey, que contou com a participação de 92 dos 96 profissionais que compunham a população pesquisada, uma série de entrevistas semiestruturadas com 12 respondentes e uma socioanálise de uma redação jornalística. A análise aponta para um espaço social pouco autônomo, de instituições fracas e altamente sujeito a pressões externas. Como consequência, a organização do espaço não se dá em função do grau de especialização em educação. Identificam-se diferentes vetores de hierarquização, que apontam para uma multiplicidade de perfis identitários e para a marginalização dos profissionais mais especializados. Argumenta-se que essa configuração se deve a uma especificidade do contexto social brasileiro: um modelo societal que denominamos de modernidade intermitente, que fragiliza instituições e amplifica a necessidade de autofabricação dos sujeitos. Estes têm o desafio de enfrentar, com recursos próprios e individuais, as provas impostas ao longo de suas trajetórias. |