Incompatibilidade heteromórfica em Eichhornia Azurea (Pontederiaceae) no Pantanal da Nhecolandia, Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Cunha, Nicolay Leme da
Orientador(a): Fischer, Erich Arnold
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/597
Resumo: Em plantas heterostílicas a polinização entre anteras e estigmas de alturas equivalentes geralmente é compatível, ao passo que qualquer outro tipo de polinização cruzada ou auto-polinização resulta em incompatibilidade total ou parcial. Eichhornia azurea é uma macrófita aquática flutuante fixa no substrato comumente encontrada nos lagos, rios e áreas alagáveis da América do Sul. Estudos prévios na tristílica E. azurea indicaram a presença de incompatibilidade heteromórfica, entretanto a incompatibilidade pode variar entre regiões e populações. Neste estudo viso (1) estimar a freqüência dos morfotipos florais de E. azurea em quatro populações da Fazenda Rio Negro, Pantanal da Nhecolândia, e verificar se existe a predominância de algum morfotipo; (2) verificar a presença de auto-incompatibilidade e incompatibilidade heteromórfica em E. azurea em duas populações da região estudada. Os três morfotipos florais ocorreram em todas as populações, porém em freqüências diferentes, sendo que somente duas populações apresentavam freqüência próxima de 1:1:1. A produção de frutos e sementes foi maior em polinizações cruzadas legítimas que em polinizações cruzadas ilegítimas e auto-polinizações para todos os morfotipos florais. Entretanto, ocorreram grandes quantidades de frutos e sementes para polinizações ilegítimas. O morfotipo inferior apresentou maior incompatibilidade heteromórfica seguido do morfotipo floral superior, já o morfotipo mediano pode ser considerado auto-compatível devido ao grande número de sementes produzidas sob polinizações ilegítimas. A discrepância na freqüência de morfotipos em algumas baias pode estar relacionada com a variação no nível da água nos períodos de seca e cheias, e conectividade com o rio. A flexibilidade na incompatibilidade heteromórfica de E. azurea no Pantanal da Nhecolândia pode estar relacionada à escassez de polinizadores eficientes no efetivo fluxo de pólen.