Potencial genético de populações de milho (Zea mays L.) obtidas de germoplasma exótico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Cunha, Raimundo Nonato Vieira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-033114/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a variabilidade genética de quatro populações de milho obtidas de germoplasma exótico, sendo este último nas proporções de 50%, 50%, 100% e 100% para as populações CEX-1, CEX-2, CEX-3 e CEX-4, respectivamente. Foram avaliadas 1293 progênies de meios irmãos, assim distribuídas: 357 da população CEX-1, 366 da CEX-2, 185 da CEX-3 e 385 da CEX-4. As progênies foram classificadas em dois tipos, dentado e flint, e avaliadas em dois locais (L1: Ponta Grossa, PR; L2: Rio Verde, GO) em experimento em blocos casualizados, com duas repetições no L1 e três no L2. Foram avaliados os seguintes caracteres: peso de espigas, altura de planta, altura de espiga e posição relativa da espiga. As médias para o caráter peso de espigas (kg/ha), no L1, foram: 7275, 7925, 7225 e 6000 para CEX-1, CEX-2, CEX-3 e CEX-4; em porcentagem da média das testemunhas (FT-9043 e XL-370) os valores obtidos foram 68%, 76%, 67% e 64%, respectivamente. As médias no L2 foram 5100, 4775, 6186 e 5825, equivalentes a 75%, 69%, 70% e 68% da produção da testemunha (G-85), respectivamente. As médias para os caracteres altura de planta, altura de espiga e posição relativa da espiga foram equivalentes ou menores que a das testemunhas (FT-9043 e XL-370), no L1, e equivalentes ou maiores que a da testemunha (G-85), no L2. Para o caráter peso de espigas (g/planta), as estimativas da variância genética aditiva variaram de 703,00 a 970,48 no L1, e de 146,64 a 722,64 no L2; os coeficientes de herdabilidade (ao nível de médias) variaram de 0,44 a 0,50 no L1, e de 0,23 a 0,55 no L2. Para os caracteres altura de planta e de espiga, as variâncias aditivas foram relativamente altas nos dois locais, e os coeficientes de herdabilidade (ao nível de médias) mostraram valores entre 0,47 e 0,87. Os coeficientes de correlação genética aditiva e fenotípica entre médias, entre peso de espigas e altura de planta ou altura de espiga foram maiores no L1. Dentre os compostos avaliados, o CEX-3 foi o que apresentou o maior potencial genético para o melhoramento dos caracteres peso de espigas, altura de espiga e altura de planta, em ambos os locais, o que se evidencia pelos maiores coeficientes de herdabilidade, variação genética e índices de variação genética. Em face dos resultados obtidos, pode-se afirmar que a utilização de materiais exóticos constitui-se em uma maneira eficiente de se obter populações base com ampla variabilidade genética para uso em programas de melhoramento.