Eficácia de uso tópico de extrato de Sebastiania hispida em modelo de ferida infectada por Staphylococcus aureus resistente à meticilina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Muller, Jéssica de Araujo Isaias
Orientador(a): Dourado, Doroty Mesquita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2903
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do uso tópico do gel de Sebastiania hispida em modelo animal com ferida infectada por Staphylococcus aureus. O extrato bruto etanólico (ExtEtOH) das partes aéreas de S. hispida foi submetido a análise fitoquímica, a quantificação de flavonoides e fenóis totais, cromatografia líquida de alta eficiência e também à fracionamentos químicos, o que forneceu uma fração semi-pura (F15). O ExtEtOH nas concentrações de 0,2% e 2% e a F15 a 0,2% foram utilizados para os testes in vitro e in vivo e a seguir incorporados no veículo Gel Carbopol® para os testes in vivo. Os testes de difusão em disco e de concentração mínima inibitória (CMI) foram realizados com o S. aureus (ATCC 25923) e uma cepa de amostra hospitalar resistente à meticilina. Para o ensaio da atividade cicatrizante utilizou-se ratos Wistar nos seguintes grupos (n= 6): grupo controle com solução fisiológica 0,9% (G1: sem bactéria e G2: com bactéria); grupo controle com Carbopol gel 70% (G3); grupo controle com a pomada Kollagenase® (G4); grupo teste do gel do ExtEtOH 2,0% (G5); grupo teste do gel do ExtEtOH 0,2% (G6); grupo teste do gel da fração F15 0,2% (G7). Nos animais de todos os grupos inoculou-se a bactéria S. aureus resistente à meticilina, exceto G1. Os períodos de tratamento consistiram de 3 e 21 dias, realizando-se análises macroscópica e histopatológica, com dados finais submetidos à Análise de Variância (ANOVA), com p<0,05. Os resultados fitoquímicos e de quantificação indicaram que os compostos fenólicos e flavonoides são os metabolitos majoritários. No teste de difusão em disco, o ExtEtOH (2%) e a F15 (0,2%) apresentaram resultados superiores ao controle positivo com a cepa resistente de S. aureus. No teste de CMI, o resultado com a F15 (0,2%) foi eficiente e superior ao ExtEtOH, para as duas cepas. Não houve diferença na regressão da ferida entre os grupos tratados até 3 dias. Nos grupos de tratamento até 21 dias, a partir do 12° dia havia ausência crosta em todos os grupos. Na avaliação da regressão da ferida intragrupo, os géis do ExtEtOH (0,2 e 2,0%) foram mais eficazes no fechamento da ferida do que os demais grupos. Com 21 dias após a lesão, todos os animais tiveram ganho de peso. Na análise histopatológica com 3 dias, o processo inflamatório foi mais intenso nos grupos 05, 06 e 07, e o grupo 07 apresentou melhor epitelização. Aos 21 dias, o grupo 07 apresentou melhores resultados no tamanho da lesão, espessura do epitélio e cristas epidérmicas. Na quantificação das fibras colágenas, os animais de todos os grupos se apresentaram de modo semelhante em relação a quantidade de fibras colágenas espessas. Portanto, a fração F15 foi a que mostrou melhores resultados no combate à infecção e no processo de cicatrização.