Morbidade e mortalidade por tuberculose em Corumbá, MS, 1990-2007

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Marques, Marli
Orientador(a): Andrade, Sônia Maria de Oliveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1871
Resumo: Os níveis endêmicos da tuberculose fazem desta doença um sério problema de saúde pública. Com o propósito de conhecer a morbidade e a mortalidade por tuberculose em Corumbá, MS, no período de 1990 a 2007, foram utilizados dados secundários do SINAN e do SIM. As variáveis levantadas foram: forma clínica, faixa etária, sexo e proporção que a doença representa entre as doenças infecciosas e parasitárias. Os coeficientes de incidência oscilaram de 54,0/100 mil hab. em 1995 para 104,1/100.000 hab. em 2003, representando o dobro da média nacional. Indivíduos com 15 anos ou mais foram os mais acometidos, com coeficientes permanentemente elevados, diferentemente do verificado em menores de 15 anos, entre os quais houve redução, provavelmente atribuível a melhoria da cobertura por BCG. As formas pulmonares confirmadas representaram mais da metade dos casos nos maiores de 15 anos e um terço nos demais. Os homens foram mais acometidos que as mulheres, em proporções crescentes com a idade. Os coeficientes de mortalidade para “todas as formas” oscilaram de 5,2/100.000 hab. em 2001 para 13,4/100.000 hab. em 1998, apresentando-se três vezes acima da média do país. A razão de mortalidade entre homens e mulheres foi de 3,3, com maior valor (4,6) na faixa de 30 a 39 anos. A letalidade superou a preconizada para áreas com bom Programa de Controle da Tuberculose, mostrando-se três vezes maior entre homens. Os idosos foram as principais vítimas da tuberculose. Houve predomínio da mortalidade de indivíduos apresentando formas pulmonares. Entre as formas extrapulmonares a mortalidade apresentou níveis semelhantes entre sexos, com predomínio entre 20 anos e mais. A mortalidade para “todas as formas” aumentou com a idade, confirmando o padrão esperado para localidades com níveis endêmicos elevados. A tuberculose contribuiu com 16% dos óbitos por doenças infecciosas e parasitárias, índice esse que dobrou nos últimos anos, caracterizando-se como doença grave, permanecendo um desafio a ser enfrentado pela atenção básica de saúde. As características locais devem ser consideradas, com o propósito de identificar quais fatores são preponderantes nos níveis da doença em áreas de fronteira.