Tuberculose em crianças indígenas guarani e kaiowá menores de cinco anos, Mato Grosso do Sul  

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rodrigues, Vânia Paula Stolte
Orientador(a): Cunha, Rivaldo Venâncio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1887
Resumo: A tuberculose (TB) é uma das enfermidades que mais provocou mortes na história da humanidade e ainda constitui-se como um grave problema de saúde pública mundial. Sua disseminação relaciona-se ao maior número de moradores por domicílio aliada a condições precárias, situação evidente em populações indígenas, que tem apresentado elevado coeficiente da doença. Quando em crianças, deve ser considerada como um evento-sentinela, visto que se refere a uma infecção recente promovida por contato com uma pessoa bacilífera. O presente trabalho teve por objetivo descrever os casos de TB em crianças indígenas Guarani e Kaiowá residentes no Estado de Mato Grosso do Sul, período de 2000 a 2009. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo tipo levantamento de dados, com base em dados secundários, que foi realizado através de informações cedidas pelas Equipes de Saúde Indígena/DSEI/MS e pertencentes ao banco de dados de um projeto maior, dispondo das autorizações éticas necessárias. Foram inclusos no estudo todos os casos de TB notificados em crianças indígenas Guarani e Kaiowá menores de cinco anos e residentes no Estado. Foram notificados 155 casos de TB para o período, com um coeficiente médio de incidência de 196/100.000 sendo que o maior concentração de casos ocorreu no período de 2000 a 2004 (75%). O maior coeficiente observado foi no sexo masculino (218/100.000) e a forma clínica mais incidente foi a pulmonar (92,26%). O método mais empregado para o diagnóstico foi a radiografia (96,55%) e o desfecho maior foi a cura (88,49%). O abandono do tratamento e os óbitos por TB se concentraram nos anos anteriores a 2005. Apesar da implementação de ações positivas para o controle da doença, as taxas de incidência entre crianças indígenas Guarani e Kaiowá ainda continuam maiores que as taxas estaduais e nacionais, justificando a necessidade de atenção diferenciada a esta população.