O controle da tuberculose no Parque Indígena do Xingu: protagonismo dos profissionais indígenas e vulnerabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rabelo, Vânia Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-19052017-102438/
Resumo: Introdução: Há inúmeros documentos que confirmam o papel da tuberculose na depopulação de vários povos indígenas no mundo. No Brasil a disseminação da doença foi atribuída aos portugueses e missionários jesuítas, a partir de 1500. Há algumas particularidades no cenário sociocultural da Saúde Indígena que acabam se configurando facilitadoras para o adoecimento por tuberculose, desafiando o seu controle. No Brasil, pode-se encontrar incidência até 10 vezes maior que a população não indígena. Objetivo: A investigação teve como objetivo analisar o trabalho dos profissionais indígenas de saúde, que atuam nos territórios do Médio, Baixo e Leste Xingu, nas ações de controle da tuberculose e propor medidas para o aperfeiçoamento do Programa de Controle da Tuberculose do Distrito Sanitário Especial Indígena Xingu (DSEI Xingu). Método: Para a realização do estudo optou-se pela utilização da abordagem metodológica qualitativa. Foram realizadas entrevistas, utilizando um instrumento não estruturado para coleta dos dados. A análise do material empírico foi feita à luz do marco teórico da vulnerabilidade e do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, através da técnica de análise de discurso que permitiu a definição das categorias analíticas. Resultados: Os resultados evidenciam protagonismo dos profissionais indígenas nas ações de controle da tuberculose, influenciado pela experiência de formação profissional ofertada no local de estudo. Por outro lado, identificam-se aspectos de vulnerabilidade programática no processo de trabalho das equipes locais e da gestão do DSEI Xingu no que se refere às atividades do programa de controle da tuberculose. Conclusões: Os resultados mostram que há necessidade de reestruturação do programa através de intervenções no âmbito gerencial e assistencial, possibilitando a integralidade das ações. Nesse contexto, torna-se essencial o foco na organização do processo de trabalho, nas necessidades do território e na educação permanente para os profissionais indígenas e para os demais membros da equipe de saúde.