DIRETRIZES PARA A CRIAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO E MEDIAÇÃO CULTURAL NO ÂMBITO DOS SABERES INDÍGENAS
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Gradução em Ciência da Informação
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Departamento: |
CPAQ
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/6501 https://repositorio.unesp.br/handle/11449/243142 |
Resumo: | RESUMO A população indígena brasileira como parte da dinâmica sociedade globalizada tem procurado na hodiernidade, buscar melhorias e aperfeiçoamentos a partir de acessos e posses de informações. Povos reconhecidos pelas lutas para preservação de suas culturas nativas são cidadãos usuários e produtores de informações e conhecimentos, como demais sociedade não indígena. Contudo, esses novos usuários e respectivas culturas são, na atualidade muito pouco mencionados e reconhecidos na área da Ciência da Informação como sujeitos informacionais, que produzem insumos de alto valor para o desenvolvimento e inovações sociocultural do país. Acredita-se que informação e conhecimento ao serem assimilados cognitivamente, se fundem em saberes significativos e ao serem externados e organizados em suportes informacionais, podem ser potencialmente mediados na interação entre pessoas, as quais as requerem para variadas necessidades. As tecnologias facilitam a apropriação e a disseminação desses saberes, sustentam a interação entre os indivíduos e objetos informacionais, e podem auxiliar no enriquecimento e concepção da identidade etnocultural das populações. Assim, esta pesquisa objetivou apresentar diretrizes e subsídios para o desenvolvimento de um sistema de gestão e mediação cultural, priorizando os saberes indígenas, como contributo de políticas públicas informacionais destinada aos povos nativos do Estado de Mato Grosso do Sul. Quanto à metodologia, optou-se por uma pesquisa de natureza qualitativa, explicativa e exploratória. Utilizou se o método gestão baseado em evidência, optando-se por quatro fontes de evidências para maior confiabilidade nos resultados. Para tanto, optou-se pelos seguintes procedimentos de coletas de dados: levantamento bibliográfico no Portal de Periódicos da Capes, Base de Dados em Ciência da Informação, base de dados Scopus e Scielo; Levantamento da temática nos sites das instituições públicas como Biblioteca Curt Nimuendajú e Museu do Índio, ligados à Fundação Nacional do Índio; aplicação de questionário para um pesquisador da temática indígena e entrevista semiestruturada com uma liderança indígena. Utilizou-se da técnica de análise de conteúdo para validar os resultados. Considera-se que os objetivos foram alcançados, diante de importantes diretrizes políticas informacionais evidenciadas para o desenvolvimento de um sistema de gestão e mediação cultural de saberes indígenas. As diretrizes e políticas públicas identificadas servem não só para resgatar e armazenar conhecimento e/ou saberes indígenas, mas também para levar ao reconhecimento, inclusive à academia, como ativos imprescindíveis, de alto valor econômico, social, cultural, para o desenvolvimento das nações. Os resultados alcançados dialogam com os objetivos do desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas. Este estudo, por fim, sugere que estudos dessa natureza sejam uma constância na Ciência da Informação para contribuir com o desenvolvimento informacional e etnocultural dos povos indígenas brasileiros e também para que outros países, interessados na temática possam desenvolver pesquisas relacionadas à essa e que possam apresentar resultados pertinentes para serem compartilhados no Brasil. |