Exposição humana à saliva de Lutzomyia longipalpis e ao parasito Leishmania sp. em área de transmissão esporádica de leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fraga, Thiago Leite
Orientador(a): Dorval, Maria Elizabeth Cavalheiros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2907
Resumo: Este é o primeiro estudo na região Centro-Oeste do Brasil que relata a presença de infecção assintomática por Leishmania em crianças de área de transmissão esporádica de leishmaniose visceral. O objetivo do trabalho foi avaliar a exposição humana ao parasito Leishmania sp. e à saliva de Lutzomyia longipalpis. Anticorpos anti-Leishmania foram detectados pela técnica de Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA) em 20,1% dos 492 participantes, e 38,6% das crianças apresentaram teste de hipersensibilidade tardia (DTH) positivo. Positividade para anticorpos anti-Leishmania e para DTH, foi observada simultaneamente em 10,4% das crianças. A prevalência sorológica foi maior nas crianças de 7 a 9 anos de idade. Todas as amostras foram avaliadas pelo teste rápido rK39 e nenhuma mostrou-se positiva. Do total de 492 crianças, anticorpos antissaliva de Lutzomyia longipalpis foram detectados em 38,4%. Houve maior porcentagem (64,7%) de crianças com valores de anticorpos antissaliva de Lutzomyia longipalpis nas crianças positivas para anti-Leishmania e para o teste de hipersensibilidade do tipo tardia (n=84) com 34,8%. A presença de anticorpos antissaliva de Lutzomyia longipalpis correlacionou-se fortemente com a proteção à infecção e o desenvolvimento de anticorpos anti-Leishmania. Os resultados revelam que as crianças foram expostas às picadas de flebotomíneos Lutzomyia longipalpis e ao protozoário Leishmania sp., com aparente imunocompetência, pois nenhuma delas, durante o acompanhamento clínico, apresentou sintomatologia sugestiva de leishmaniose visceral. Os resultados relativos à pesquisa de IgG antissaliva de Lutzomyia longipalpis mostraram que, do mesmo modo que muitas crianças foram expostas a flebotomíneos possivelmente infectados, também desenvolveram anticorpos antissaliva, o que pode indicar que a saliva possui poder imunogênico, podendo ser utilizado como marcador epidemiológico de exposição.