Isolamento e genética de populações de genes associados à resistência a inseticidas em Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae), vetor da Leishmaniose visceral americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lins, Rachel Mazzei Moura de Andrade
Orientador(a): Peixoto, Alexandre Afrânio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32887
Resumo: Flebotomíneos são os insetos vetores das leishmanioses e Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) o principal transmissor da Leishmania infantum chagasi, agente etiológico da Leishmaniose Visceral Americana (LVA). Devido a sua importância como vetor, diversos estudos foram conduzidos de forma a verificar o real status taxonômico de L. longipalpis. A existência de um complexo de espécies crípticas entre populações brasileiras ainda é conflituosa. No presente trabalho, foram isolados fragmentos de três genes associados à resistência a inseticidas, os genes paralytic (para), Acetylcholinesterase (Ace) e Resistant to dielrin (Rdl). Foi escolhida uma região do gene para onde algumas mutações para resistência a piretróides e DDT ocorrem em outras espécies de insetos, para ser utilizada como marcador para estudar populações brasileiras de L. longipalpis e para investigar a ocorrência de mutações potencialmente associadas à resistência a inseticidas neste vetor. Amostras das localidades de Sobral (CE), Pancas (ES), Lapinha (MG), Jacobina (BA), Estrela de Alagoas (AL) e Nísia Floresta, Grande Natal (RN) foram analisadas. Os resultados obtidos com o gene para, corroboram resultados anteriores mostrando que em Sobral, machos com os fenótipos de uma (1S) e duas (2S) pintas abdominais pertencem a duas espécies crípticas vivendo em simpatria. A ocorrência de diferenças fixas no fragmento estudado entre os dois tipos de machos, torna para um marcador molecular muito útil para identificar fêmeas dessas duas espécies em estudos futuros Os dados apresentados também sugerem que Pancas, Sobral 2S e Natal pertencem à mesma espécie, enquanto Sobral 1S, Lapinha, Jacobina e Estrela 1S, provavelmente representariam quatro outras espécies no Brasil. Os resultados obtidos estão de acordo com estudos anteriores utilizando outros marcadores moleculares, experimentos de cruzamentos, feromônio e análise de som de cópula, e sugerem fortemente a existência de um complexo de espécies entre populações brasileiras de L. longipalpis. Esse estudo também representa uma primeira análise do uso de genes de resistência a inseticidas com esse importante vetor da leishmaniose.