Evolutionary Ecology of Lutzomyia longipalpis: from Human and Canid-Inhabited Caves to Primary Vector of Leishmania infantum in South America

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sérvio Pontes Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ICB - DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/59604
Resumo: A primeira parte desta Tese tratou de doenças evoluídas em associação com humanos e apresenta ecossistemas humanos degradados, com foco na pandemia de dengue e Aedes aegypti. Concluímos discutindo uma série de artigos de nosso grupo, nos quais modelamos a pandemia de SARS-CoV-2. O efeito dos ambientes humanos sobre o Aedes aegypti nas fronteiras de sua distribuição climática e ecológica - Descrevemos o efeito de resíduos de metais pesados na distribuição de insetos, com foco em uma mata ciliar altamente contaminada em uma cidade no meio do vale. Além disso, discutimos a já documentada invasão de Ae. aegypti para os municípios montanhosos desta bacia hidrográfica, em resposta ao aumento da temperatura ao longo das últimas décadas. A segunda parte desta Tese investiga um cenário evolutivo hipotético para Lutzomyia longipalpis e leishmaniose visceral: adaptação de L. longipalpis à matéria orgânica rica em ferro como um mecanismo ecológico para uma interação especializada com ambientes antigos modificados pelo homem. O homem do Holoceno e espécies de canídeos oportunistas ou devidamente domesticados, produziram grandes quantidades de matéria orgânica previsível, desde que os humanos se estabeleceram em locais permanentes. Fezes de canídeos, carcaças de presas em decomposição, cadáveres e restos de comida compõem montes e descartes laterais em assentamentos humanos do Holoceno. Propomos uma hipótese sobre como o nicho de L. longipalpis evoluiu em torno de recursos produzidos pelo homem, e como isso pode ser uma pré-adaptação a ambientes urbanos degradados. A terceira parte desta Tese é composta por uma série de artigos já publicados, nos quais aplicamos princípios ecológicos para explorar a pandemia de SARS-CoV-2 e outras riscos do coronavírus. Nesta série de artigos sobre ecoepidemiologia da pandemia, primeiro investigamos quais eram as condições ecológicas nos locais onde foram encontradas todas as espécies de Orthocoronavirinae depositadas no GenBank (Ribeiro et al. 2022). Com relação à dinâmica da pandemia, exploramos a disseminação do vírus no mundo (Ribeiro et al. 2020a) e no Brasil (Ribeiro et al. 2020b), com base na teoria ecológica neutra e modelos algébricos (SIR – Susceptíveis-Infectados-Recuperados + metapopulacionais) e estatísticos. Por fim, exploramos a transmissão comunitária, com foco especial na cidade de Manaus (Ribeiro et al. 2021; Silva et al. 2022).