Um olhar para o abandono: a vivência da criança e do adolescente na instituição que os acolhe

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Queiroz, Cecília Lacerda de
• Orientador(a): Pontes, Elenir Rose Jardim Cury
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Abrigo; Adolescente; Criança; Maus-Tratos Infantis
• Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2362

É de responsabilidade da família, da sociedade, da comunidade e do Estado, garantir que os direitos da criança e do adolescente sejam cumpridos. Por isso, esse trabalho teve como objetivo compreender aspectos da vivência da criança, do adolescente e da instituição que os acolhe. Trata-se de um estudo transversal, quali-quantitativo, com uma amostra de quarenta e uma crianças e/ou adolescentes acolhidos em instituições de acolhimento no município de Campo Grande (MS) que se submeteram individualmente, a técnica projetiva do desenho – estória. Os desenhos foram analisados através do traçado, tamanho, posição e conteúdo do desenho, adjacente a estória ou explicação que o participante deu a respeito. Também participaram da pesquisa, seis responsáveis (alguns responsáveis atendiam a mais de uma instituição) pelas as instituições de acolhimento (n = 10). Esses foram entrevistados e os resultados submetidos à análise estatística. As crianças e adolescentes acolhidos vislumbram comportamento similar como: agressão, desejo de retornar a família, insegurança, sentimento de aprisionamento. Os resultados referentes às instituições apontam baixa frequência de adoção, reintegração familiar e de visitas familiares às crianças e adolescentes acolhidos. Há uma alta reincidência de crianças e adolescentes na casa de acolhimento após adoção ou reintegração na família. O motivo mais frequente do acolhimento de crianças e adolescentes é o comportamento negligente de seus pais ou cuidadores, adjacente ao uso abusivo de álcool e drogas e em menor proporção o abuso sexual. É importante um olhar da família, da comunidade, da sociedade e do Estado em relação às essas famílias, os cuidadores das instituições de acolhimento e as crianças e adolescentes acolhidos visando seu bem estar dentro das instituições de acolhimento.