Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pfeiffer, Luci Yara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/34918
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Resumo: |
Resumo: Introdução: A identificação de suspeita ou certeza do diagnóstico da violência contra crianças e adolescentes deve ser do conhecimento de todos profissionais que atuam na área da infância e juventude, bem como a definição de seu nível de gravidade. Esta deve fazer parte rotineira das avaliações das situações de violência, visando as definições das necessidades e fluxos de atendimentos da vítima, bem como das medidas legais e de proteção cabíveis. A lei vigente não fornece instrumentos para isto. Para tal, faz-se necessária uma padronização das avaliações destas situações de violência, padronização esta baseada em componentes e indicadores específicos e objetivos, que ultrapassem a percepção e pré conceitos pessoais do profissional assistente. Objetivos: Apresentar método de classificação da gravidade das situações de violência contra crianças e adolescentes; identificar os principais componentes a serem avaliados; definir indicadores de risco em escala de gravidade para os componentes apresentados: vítima, agressor, tipo de agressão e família. Método: estudo prospectivo, observacional da avaliação de crianças e adolescentes em situação de violência, atendidos no ambulatório do Programa HC DEDICA, do Hospital de Clínicas da UFPR, no período janeiro de 2009 a dezembro de 2010. Foram identificados os principais componentes das situações de violência a serem avaliados, sendo eles: agressão, vítima, agressor e família. Para cada componente definiu-se indicadores, pontuados com valores de 0 a 3 de acordo ao seu nível de risco. A soma da pontuação máxima do primeiro componente, agressão, com a média de pontuação dos outros três foi aplicada à tabela de classificação, que define valores de 0 a 2 como Ausência de Violência, 3 a 5 como Situação de Violência Leve, 6 a 8 como Situação Grave, 9 a 11 como Gravíssima e 12 pontos, como Risco de Morte. Foram avaliadas 309 crianças e adolescentes, com inclusão na pesquisa de 246 casos que permaneceram no atendimento psicoterapêutico pelo tampo mínimo de três meses. Resultados: Violência doméstica crônica caracterizou a maioria dos casos , acometendo crianças com idade inferior a 1 ano (6,1%), 1 a 5 anos (13,0%), 6 a 9 anos (26,0%), acima de 9 a 12 anos (26,8%) e acima de 12 anos até 18 (28%). Em 51,6% a violência se iniciou na gestação e em 12,6%, no primeiro ano de vida. Os indicadores de risco selecionados referentes à vítima, família, agressor e agressão, mostraram-se apropriados para o método proposto, com acurácia de 91,4%, índices de sensibilidade de 87,7% e especificidade de 98,6%. Conclusões: As pesquisas desenvolvidas nesta tese permitiram identificar os principais componentes das situações de violência na infância e adolescência, sendo eles o tipo da agressão, estado geral da vítima, características do agressor e da família da vítima. Possibilitou a definição dos principais indicadores de risco para cada um destes componentes e a elaboração do Método para Classificação da Gravidade das Situações de Violência contra Crianças e Adolescente, instrumento de triagem e também de diagnóstico do tipo e gravidade das situações de violência na infância e adolescência, com elevados índices de acurácia, sensibilidade e especificidade. |