Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ivna Zaira Figueredo da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/94936
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Resumo: |
A violência é na verdade um problema social que acompanha toda a história e as transformações da humanidade. No entanto, apesar de não ser classificado como um problema peculiar à saúde, a violência resulta em lesões, morte, traumas físicos e os imensuráveis agravos mentais, emocionais e espirituais, repercutindo na qualidade de vida dos indivíduos e das coletividades. Esta pesquisa diz respeito a notificação de maus tratos em crianças e adolescentes a partir da prática de profissionais da Estratégia Saúde da Família e de modo mais detalhado (i) identificação das características sociodemográficas, de formação profissional, experiência profissional, (ii) associação de variáveis sociodemográficas, formação profissional, tempo de trabalho, instrumentalização com o desfecho deparar-se e notificar casos de maus tratos. A pesquisa utilizou-se do estudo de corte transversal, do tipo inquérito na atenção básica, contou com 239 profissionais da ESF das microrregiões de saúde de Camocim, Crateús e Tianguá em 2011. Um questionário estruturado contemplando as variáveis sociodemográficas, formação profissional, tempo de trabalho na ESF, instrumentalização profissional na temática. Para análise, aplicou-se o teste de correlação de Pearson (p<0,05), a análise descritiva e as medidas de tendência central no tratamento estatístico dos dados e a discussão fundamentou-se na literatura que compreende a temática. Os achados mostraram a predominância de jovens (55,5%), sexo feminino (69,8%) com menos 5 anos de formado (47,8%) e com o mesmo tempo de trabalho na ESF (57,3%) e sem pós graduação (43,6%). Quanto a instrumentalização 72,2% disseram nunca terem participado de treinamentos para enfrentamento da violência, 70,2 % conhecem o ECA, 54,2% conhecem a ficha de notificação, mas 22% disse não saber da existência da mesma na unidade de saúde, 63,1% disseram não ler sobre a temática e 54,5% relataram não ter o assunto abordado no ambiente de trabalho. No entanto, 91,5% relataram interesse em participar de treinamentos na temática e 92,1% achava vantagem instituir a ficha de notificação na unidade. Dos respondentes 45,5% depararam ? se com maus tratos em sua práxis e destes, 57,4% não notificaram o caso. A significância estatística entre as variáveis independentes e o fato de deparar-se com maus tratos, deu-se com a profissão (p<0,020), participar de treinamento (p<0,001), interesse em participar de treinamento (p<0,049), com a discussão do assunto na unidade (p<0,009) e notificar o caso (p<0,0001). Concluímos que o perfil evidenciado pelo estudo mostra a predominância de profissionais do sexo feminino, jovens, com menos de 5 anos de formado e com pouca experiência na ESF e sem pós graduação. No tocante a notificação, percebeu-se o caráter assistemático e pontual, decorrente da instrumentalização deficiente e no manejo débil de casos de maus tratos. |