Mês-adolescentes na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas públicas da periferia de Belo Horizonte MG: indagações diante de uma condição de vulnerabilidade social enfrentada por mulheres invisibilizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Juliana Vieira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação e Docência
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/76737
Resumo: Esta pesquisa tem como enfoque mães-adolescentes-educandas da Educação de Jovens e Adultos de duas escolas públicas localizadas na periferia de Belo Horizonte. Tem como objetivo conhecer essas adolescentes, bem como os desafios que enfrentam para prosseguir no seu processo de escolarização. Utilizando a metodologia da Entrevista Narrativa, este trabalho revela e desvela a trajetória escolar dessas adolescentes, trajetória essa, marcada por reprovações e abandonos, e adversidades, como também os desafios vivenciados para conciliar o cuidado com os filhos e o processo de escolarização. Para melhor compreender os atravessamentos presentes nas narrativas dessas mães-educandas-adolescentes negras e periferizadas, foram trabalhadas as seguintes categorias de análise: famílias vividas, ausência dos genitores, avós cuidadoras e provedoras, sexualização das mulheres negras, sexualidade e direitos reprodutivos, e por fim, baixa escolaridade e dificuldades de inserção no mundo do trabalho. Tais categorias foram trabalhadas considerando que se tratam de mulheres negras, vivendo em uma sociedade organizada sobre os pilares do patriarcado colonial, machista e racista, o que impõe a essas mulheres, um lugar de subalternidade. Um dos apontamentos dessa pesquisa é a dificuldade dessas mães adolescentes negras e pobres concluírem o seu processo de escolarização devido à falta de uma rede de apoio familiar e/ou provida pelo poder público que garanta a sua permanência na escola. Como recurso educativo, são apresentadas duas oficinas reflexivas dirigidas às educandas e educandos adolescentes e docentes, abordando a temática sexualidade e direitos reprodutivos. Conforme demonstrado nessa pesquisa, essa abordagem não se encontra está presente nas propostas pedagógicas da Educação de Jovens e Adultos.