Adolescentes na/da educação de jovens e adultos e o Direito à educação escolar : um estudo a partir da cidade de Canoas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Delavechia, Angela Saikoski
Orientador(a): Paludo, Conceição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/210258
Resumo: Este trabalho caracteriza a crise estrutural do capital (MÉSZÁROS, 2011); o desenvolvimento desigual e combinado (TROTSKY, 1994), que corrobora com as origens e a especificidade do Brasil como um país de capitalismo dependente (FERNANDES, 2009); e o Estado sob a ideologia neoliberal (RIZZOTTO, 2003; FONSECA; 2010) junto à reestruturação produtiva (modelo flexível) e seus desdobramentos na função social da escola e as demandas no mundo do trabalho. Dessa forma, tomando como pressuposto a materialidade histórica e dialética da realidade, desenvolvemos uma pesquisa sobre as condições e as perspectivas da adolescência com alunos entre 15 e 18 anos incompletos transferidos do ensino fundamental comum ao ensino fundamental na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), numa escola pública da rede municipal de Canoas/RS. Considerando as legislações que concedem este direito e a significativa proporção das matrículas em nível municipal, buscamos também analisar os reflexos desta inserção no que diz respeito à formação dos sujeitos e suas implicações no contexto da modalidade. Esta pesquisa está inserida no campo Trabalho e Educação, portanto apoia-se na categoria trabalho, em Marx, e no materialismo histórico-dialético (FRIGOTTO, 1989b; PALUDO, 2018) e suas categorias de análise. Refere-se à adolescência da classe trabalhadora, compreendendo-os como sujeitos de direitos (ECA), inseridos na escola capitalista, a qual tem inscrita em si uma contradição importante sobre seu papel social. Assim, dada a inclusão da autora como professora no contexto, desenvolvemos um estudo de caso (GIL, 2008), através de um questionário (GIL, 2008) e uma roda de conversa (ALVES, 2016) com os adolescentes e, ainda, duas entrevistas semiestruturadas (DESLANDES; MINAYO, 2008) com suas professoras regentes. No bojo dos nossos pressupostos teóricos, ético-políticos e das manifestações desta experiência, construímos uma linha argumentativa com as releituras possíveis neste contexto local e as mediações necessárias neste/deste tempo histórico. Com isso, aprofundando nossa análise sobre o conjunto de elementos que compõe a realidade destes adolescentes e da modalidade EJA nesta escola, percebemos a materialização do conceito de precariado (BRAGA, 2012). Por fim, nessa perspectiva, compreendendo a escola como um lugar fundamental na disputa capital-trabalho, re/afirmamos a importância da práxis no trabalho pedagógico (FRIZZO, 2008), em especial, no que se refere ao objetivo vital de contribuir na análise da realidade pelo viés da sua transformação