Raiva humana no Brasil, 1992 - 2001

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Francisco Anilton Alves Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8BWGGJ
Resumo: O estudo caracteriza os aspectos epidemiológicos da raiva humana no Brasil, no período de 1992 a 2001 e visa avaliar tendências da enfermidade no país e contribuir para a proposição de medidas de controle. Para análise dos casos, foi utilizado o banco de dados do Sistema de Vigilância da Raiva Humana (VE6), e realizado estudo descritivo de 313 casos ocorridos no período de 1992 a 2001. Os resultados revelam a tendência de redução do número de casos ao longo do período estudado. O coeficiente médio no período, variou de 0,4/1.000.000 de habitantes em 1992 a 0,1/1.000.000 em 2001. A Região Nordeste foi a mais acometida, representando 50,48% dos casos. Foram 205 municípios que notificaram casos no período. O sexo masculino foi acometido em 72,2% dos casos com a faixa etária predominante de 4 a 14 anos (37,1%). Existiu uma pequena predominância dos casos na zona urbana representando 53,4% dos casos. 19,2% ocorreram em estudantes do primeiro grau. Sob o ponto de vista da ocupação definida. O cão continua sendo principal transmissor da raiva , tanto na zona urbana como na zona rural, representando 75,7%, seguido pelo morcego com 9,6% dos casos. Quanto ao período de incubação, observa-se o período médio de 66,3 dias com uma mediana de 51 dias e limites inferior e superior de cinco e 378 dias, respectivamente. A mordedura foi o tipo de exposição mais freqüente, com 86,9% e teve a mão e membros superiores como as regiões anatômicas mais atingidas, com 39,6% do total. Além disto houve confirmação laboratorial em 50,2% dos casos. Conclui-se que apesar da redução gradativa do número de casos de raiva humana, esta diminuição não foi homogênea, pois o país apresenta áreas com diferentes situações epidemiológicas, com casos transmitidos por cão e gato persistindo em alguns Estados enquanto que em outros tem ocorrido uma redução significativa, determinando, desta forma, a importância de outras espécies animais na transmissão da enfermidade.