Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ledesma, Leandro Augusto |
Orientador(a): |
Horta, Marco Aurélio,
Lemos, Elba Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43961
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Resumo: |
A raiva é um importante e grave problema de saúde pública negligenciado no mundo. Causado por um Lyssavirus, o vírus da raiva (RABV) é responsável por casos de encefalite de alta letalidade. No Brasil, nos últimos 27 anos houve um declínio no número de casos, com seis casos registrados em 2017 e uma clara mudança na forma de transmissão, já que cinco casos foram associados a morcegos. Em pacientes que desenvolveram a doença, o tratamento da raiva consiste em terapia de suporte com uso de algumas medicações que demostram atividade antiviral. Esse tratamento foi proposto pela primeira vez na cidade de Milwalkee, por este motivo recebe o nome de protocolo de Milwalkee. No Brasil o tratamento da doença é chamado de Protocolo de Recife, muito similar ao protocolo de Milwalkee, o protocolo brasileiro tenta adaptar os conceitos do original para a realidade do Brasil. Após os protocolos terem sido publicados, vários casos utilizaram suas orientações com o objetivo de alterar o desfecho da doença. Esta dissertação teve como objetivo descrever características epidemiológicas relacionadas aos casos de raiva notificados no período de 2001 a 2018 no Brasil além de se realizar uma revisão sistemática de todos os casos no período utilizando descritores específicos em português e inglês. Um total de 159 casos de raiva foram notificados ao Sina entre 2001 e 2018. As ferramentas de busca nas bases de dados Pubmed, Google Scholar e Scielo identificaram um total de 290 referências sobre diversos aspectos da raiva no Brasil. Após a exclusão por meio da leitura do título ou resumo ou manuscrito completo e das duplicações entre as ferramentas, 13 artigos foram identificados como referência para um caso específico de raiva relatado no Brasil Casos de raiva no Brasil mostraram um declínio de 2001 a 2016, especialmente aqueles transmitidos por mordida canina. Nos últimos dois anos houve uma tendência crescente no número de casos, com a transmissão ocorrendo através da mordida de morcegos. O número de casos de transmissão por felinos permaneceu baixo, com apenas 4 reportados (2,48% do total de casos). Casos de transmissão por mordida de primatas não humanos também são baixos, com um total de 5 casos (3,10%) durante o período analisado. Norte e Nordeste são os Estados que concentram o maior número de casos de raiva no período. Este levantamento epidemiológico da doença gerou material para a confecção de um artigo, apresentado nesta dissertação. Ao analisar o tratamento da doença, foi realizado levantamento de casos, nos quais foram utilizados o protocolo de Milwalkee. Foram comparados dois protocolos, avaliando as diferenças e como estas diferenças podiam alterar a evolução da doença. Foram encontrados 39 casos descritos, esses artigos foram analisados e características dos casos estão tabuladas no segundo artigo produzido pela dissertação. É importante para a saúde pública no Brasil que os formuladores de políticas deêm visibilidade para uma doença zoonótica de alta letalidade que precisa ser incluída no diagnóstico diferencial de encefalite aguda. |